Cerca de 3 mil pessoas devem participar neste domingo, dia 1º de dezembro, da sétima edição da Parada da Diversidade de Sumaré. O evento, famoso por reunir o público LGBT, cresceu muito ao longo dos anos e conta hoje com a participação de diversos outros grupos, como a comunidade afro e as feministas. É uma festa enorme, em defesa dos direitos humanos e da dignidade. Tudo com direito a apresentações artísticas, discursos, passeata, homenagens.
A concentração, marcada para 14h, acontece na Avenida José Mancini, altura da EE Dom Jayme de Barros Câmara. De lá, por volta das 16h, os participantes saem em uma passeata, indo e voltando por um trecho da Avenida Rebouças. A ordenação do tráfego de veículos nos trechos será feita pelos guardas municipais.
O organizador é Jhony Fernando Goes Barducci, de 30 anos, que também preside a ADS (Associação da Diversidade Sumareense), grupo que nasceu no começo da década, depois que amigos reunidos ao redor de uma mesa de bar debatiam o preconceito da sociedade contra as minorias. Desde então, o movimento angariou a simpatia e o apoio de muita gente.
“Lutamos por uma cidade sem exclusão. Ninguém pode sofrer agressão ou ser humilhado por ser o que é”, resume Johny. “Queremos que esse dia de festa se transforme em 365 dias de respeito aos direitos fundamentais”.
Mas claro. Os participantes ainda aturam a reação indignada, isolada, de moradores da cidade que não se livram do preconceito e da ignorância. Há gente que passa de carro ao lado da parada e xinga os participantes, outros torcem o nariz e cortam volta.
Um comportamento que, segundo o presidente da ADS, está mudando e um dia vai acabar. “O discurso em defesa das liberdades individuais já é muito mais forte que o discurso conservador”, afirma.
“Não queremos privilégios. Pagamos impostos, trabalhamos, estudamos. Só queremos respeito”.
Jhonny Fernando Goes Barducci, organizador da parada
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