A Câmara de Americana aprovou projeto em regime de urgência no qual exige que os hospitais particulares divulguem diariamente a ocupação de leitos durante a pandemia. O projeto, dos vereadores Welington Rezende (Patriota) e Juninho Dias (MDB), foi aprovado em primeira discussão e será votado de novo segunda (29).
Aprovado por unanimidade, o projeto não estava na pauta da 10ª sessão ordinária. Welington entrou com requerimento e colheu assinaturas dos vereadores para o projeto ser votado.
“É muito importante neste momento informações completas, para transparência maior na informação do coronavírus, nos hospitais públicos e privados”, justificou Welington.
O projeto obriga hospitais públicos e privados de Americana a prestarem informações diárias necessárias no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Ele estabelece que sejam divulgados no site oficial da prefeitura o número de leitos de UTI ocupados (com e sem respiradores). As informações devem ser prestadas diariamente e por cada hospital.
O vereador destacou que os hospitais particulares já repassam os índices para a Secretária de Saúde, mas a intenção é que os dados sejam divulgados individualizados, por unidade.
Desde quarta-feira (24), a Prefeitura de Americana passou a divulgar no boletim diário do coronavírus a taxa de ocupação de leitos incluindo os hospitais particulares. Antes, divulgava apenas a taxa de ocupação do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi.
“As pessoas ficam preocupadas com a ocupação e os respiradores. Muitos conveniados com hospitais privados daqui me procuraram. Os hospitais têm que informar a população, para que os conveniados saibam. Favorece as pessoas a se precaverem ainda mais, quando puderem saber caso a situação piore e possam tomar mais cuidados”, aponta.
Aprovado em primeira discussão, o projeto será votado em segunda discussão durante sessão extraordinária marcada para segunda-feira (29). Após nova aprovação, ele vai para sanção do prefeito Omar Najar (MDB).
DE VOLTA
As sessões ordinárias e atividades presenciais estavam suspensas desde 16 de março, com o anúncio da quarentena estadual. Sessões extraordinárias foram realizadas durante o período, sempre em videoconferência, como a sessão ordinária desta quinta (25).
“Como as sessões ordinárias demandam que diversos servidores de vários setores estejam trabalhando presencialmente, elas voltaram a ser realizadas a partir desta semana com a inclusão de Americana na fase laranja do plano de reabertura”, aponta a Câmara, que informou que os vereadores não receberam nada pelas sessões extraordinárias.
A pandemia brecou e fez com que os requerimentos e indicações dos vereadores se acumulassem. São 501 indicações e 101 requerimentos, que devem ser divididos em blocos e votados quando possível.
“A sessão ordinária é importante para que os projetos sejam votados. Mas se Americana precisar regredir, a Câmara também voltará a ter apenas sessões extraordinárias. Tenho que proteger os funcionários da Casa”, declarou o presidente da Câmara, Luiz da Rodaben (PP), no fim da sessão.
Pouco depois, a transmissão da sessão foi interrompida e encerrada durante discussão sobre o que fazer com os requerimentos e indicações acumulados, entre os vereadores Alfredo Ondas (MDB) e Gualter Amado (Republicanos).