segunda-feira, 13 maio 2024

Internações têm pico na segunda onda

O DRS (Departamento Regional de Saúde) de Campinas, composto por 42 cidades, entre elas Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré, registrou entre as 14h de segunda e as 14h desta terça-feira (9) o pico de novas internações por Covid-19 desta segunda onda da pandemia, com 209 pessoas dando entrada em hospitais, somando-se leitos de enfermaria e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Além disso, a região tornou a bater recorde de ocupação de leitos de UTI-Covid.

Conforme informações da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), a última vez que o DRS de Campinas havia registrado um volume tão grande de internações em um único dia havia sido em 10 de julho de 2020, no primeiro pico da pandemia, com 213 internações em 24 horas. Dias depois, no mesmo mês, em 25 de julho, a região atingiu o pico de média móvel (média entre sete dias) de internações: 174 por dia. Esse é o mesmo índice registrado ontem.

Os dados de ontem – 209 internações – correspondem a uma pessoa sendo internada na região a cada sete minutos. O dado registrado agora, porém, é considerado mais preocupante, já que, apesar do mesmo número de internados, há mais pessoas em leitos de UTI agora do que no pico da primeira onda.

E conforme tem mostrado o TODODIA, os leitos estão escassos na região e, no último domingo, um paciente com Covid morreu na fila por uma transferência.

Conforme dados do estado, no pico de internações da primeira onda, a taxa de ocupação de leitos de UTI na região era de 80%. Ontem, um novo recorde foi batido, com a região chegando ao índice de 85,2% dos leitos de UTI ocupados, número superior à média atual do estado: 82%.

Essa taxa de ocupação de leitos vem em constante crescimento nas últimas semanas. Há apenas 12 dias, a ocupação de leitos de UTI na região era de 73,4%.

Segundo informações do estado, o que tem feito os leitos ficarem mais tempo ocupados é a diminuição da faixa etária das pessoas contaminadas, já que pacientes mais novos demoram mais para sentir os sintomas e, quando os sentem, já estão em fase avançada da doença.

Além disso, por terem mais resistência, ocupam os leitos por mais tempo, diminuindo a rotatividade.

A alternativa para tentar reverter o cenário é o recente anúncio de mais 20 vagas de UTI-Covid no hospital de campanha que será montado ainda esse mês no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Campinas, que atenderá toda a região.

ÓBITOS

A média de óbitos causados pela Covid-19 por dia na região também atingiu um número grave ontem. Na última quinta, o TODODIA mostrou que, nos 15 dias anteriores, haviam sido registradas 311 mortes na região, uma média 20,7 mortes por dia. Ontem, porém, o cenário piorou.

Segundo dados da Fundação Seade, foram registradas nos últimos 15 dias 355 óbitos, que resulta em uma média diária de 23,6 mortes, ou seja, praticamente um óbito por hora na região composta por 42 municípios.

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