quinta-feira, 18 abril 2024

MP cobra mais tratamento de esgoto para revitalizar Quilombo

O MP (Ministério Público) cobrou ontem da BRK Ambiental, concessionária dos serviços de saneamento de Sumaré, o início das obras de implantação de uma ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) e a elevação do tratamento dos efluentes na cidade.

A cobrança pública foi feita durante a 3ª Reunião do Grupo do Consórcio PCJ (Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) para a revitalização da bacia do Ribeirão Quilombo, no anfiteatro da Prefeitura de Nova Odessa. A recuperação completa do curso d’água, que nasce em Campinas e termina em Americana, está prevista para 2035.

O promotor de justiça do Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente) do MP, Rodrigo Garcia, ressaltou a urgência do início das obras para avançar na recuperação do ribeirão. “Enquanto Campinas, que está na cabeceira da bacia do Quilombo, entregará no próximo ano uma ETE que devolverá água limpa ao ribeirão, Sumaré, que está no centro da bacia, vai sujar a água de novo”, alertou. “Temos um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) no qual a BRK Ambiental, concessionária dos serviços de saneamento no município, se comprometeu a elevar de 30% para 100% o tratamento de esgotos até 2022”, disse Garcia.

A BRK Ambiental informou que as obras para ampliar o tratamento de esgoto em Sumaré estão em andamento. “A construção da ETE Tijuco Preto ocorre desde o mês de junho, tem investimento de R$ 60 milhões por parte da concessionária e vai ampliar o índice de tratamento de esgoto do município para 65%. A previsão de término é março de 2021”, disse a empresa, em nota.

Outro subsistema a ser construído é o Quilombo/Jatobá com previsão de início para janeiro de 2021, com investimento por parte da concessionária de R$ 190 milhões e previsão de término para dezembro de 2022. “A BRK Ambiental está empenhada na realização dessas obras para contribuir para o saneamento e a saúde da população de Sumaré”.

PRAZO

O projeto de revitalização do Quilombo vai até 2035, segundo o presidente do Consórcio PCJ e prefeito de Nova Odessa, Bill Souza (PSDB). “É importante que a gente deixe claro que a recuperação do Quilombo é um projeto a longo prazo e que o primeiro passo foi dado, que é a discussão propriamente dita”, afirmou.

Para o secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, a revitalização do ribeirão é viável. “Nossa meta é tornar o Quilombo o segundo caso no Brasil de mudança de classe de rio, a exemplo do que já ocorreu no Rio Jundiaí, o único caso de mudança de classe”, disse Lahóz.

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também