sexta-feira, 10 maio 2024
GREVE DAS MERENDEIRAS

Justiça do Trabalho determina que 70% das merendeiras em escolas de Nova Odessa continuam trabalho

As servidoras estão em busca de direitos e melhores condições de trabalho
Por
Isabela Braz
Foto: Nayara Lourenço/Rede TODODIA

Quase duas semanas após servidoras públicas municipais de Nova Odessa ameaçarem entrar em greve, foi confirmado em nota por meio da Prefeitura Municipal de Nova Odessa, que as merendeiras das escolas públicas da cidade efetuaram a ação nessa segunda-feira (25).

A Prefeitura disse em nota que, segundo determinação da Justiça do Trabalho, o desembargador do Trabalho e Vice-Presidente Judicial do TRT-15 (Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região), João Aberto Alves Machado, “atendeu parcialmente o pedido da Prefeitura de Nova Odessa e determinou a presença de no mínimo 70% dos servidores da Merenda Escolar nas creches e escolas a partir desta segunda-feira”.

Por conta da falta de funcionárias, sete das doze creches públicas da cidade tiveram seu funcionamento parado nessa segunda-feira, dispensando os bebês de atendimento. Segundo a prefeitura, 20 profissionais contratadas por meio de terceirização de maneira emergencial já vão estar atuando, mantendo aulas normalmente em cinco unidades.

A paralisação vem acontecendo após o prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho (PSD), realizar acordo com as colaboradoras no dia 25 de maio, e segundo as colaboradoras, não cumprir o prometido.

As servidoras estão em busca de direitos e melhores condições de trabalho para merendeiras e auxiliares de apoio escolar e de serviços da Rede municipal de educação. Uma nova audiência acontece nessa terça-feira (06).

Conforme apurado pela redação do TodoDia na última paralisação, entre as reclamações detalhadas pelo sindicato, estão: Falta de uniformes, Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) inadequados; ausência de produtos básicos para a realização do trabalho, como materiais de limpeza – que eram também de baixa qualidade; problemas na estrutura física e hidráulica do ambiente de trabalho; e assédio moral, envolvendo sobrecarga de trabalho e desvio de funções por falta de equipes.

SINDICATO
Em publicação nas redes sociais, às 21h da noite de domingo (04/05), o Departamento Jurídico do SSPMANO (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Nova Odessa), publicou uma nota informando que o Sindicato ainda não havia tomado conhecimento da liminar do Tribunal do Trabalho. Confira a nota:

“Gostaria de esclarecer que embora o Município esteja divulgando que conseguiu liminar junto ao Tribunal do Trabalho, informo que a decisão surtirá efeito a partir do momento que o Sindicato for notificado. Informo que isso não aconteceu ainda, então conforme notificamos a prefeitura na sexta-feira a partir da 00:01 de segunda a greve será iniciada.

Após o Sindicato ser notificado estaremos informando os próximos passos.

É muito importante que vocês se mantenham unidas, para que alcancemos o objetivo que é legítimo: contratação de funcionários, entrega de Epis e uniformes de boa qualidade.

Ademais informo que qualquer multa aplicada será direcionada ao Sindicato e não a vocês.
Departamento Jurídico SSPMANO”

PROPOSTA DA PREFEITURA
Na última proposta aprovada pelas servidoras no último dia 26, em reunião na prefeitura, o prefeito Leitinho recebeu em seu gabinete junto secretários de governo, Robson Fontes Paulo; Administração Vilson Amaral e de Educação, José Jorge, a comissão com representantes das funcionárias, o presidente do SSPMANO, Luís Fernando Nascimento e corpo do jurídico do sindicato, para apresentação de propostas.

Na data, a prefeitura prometeu mudanças em todas as reclamações da classe. A prefeitura afirma que foi enviado novos EPI’s e uniformes para as colaboradoras, destacando que sexta foi décimo dia do prazo acordado, portanto, apenas a partir de segunda-feira o SSPMANO poderia avaliar se o acordo foi ou não cumprido.

O sindicato segue afirmando que apenas o sapato foi entregue, mas que ele é de péssima qualidade. Em vídeo publicado pela merendeira Dalete Cristiane, a paralisação não vem sendo feita por condições salariais e sim por condições de trabalho.
“Estamos cansadas, fartas, doentes. Precisamos da ajuda de você mãe, pai que tem filho em nossas escolas”, disse a servidora.

Em breve, novas atualizações. Relembre o caso através do link: https://tododia.com.br/cidades/servidoras-publicas-aceitam-proposta-da-prefeitura-de-nova-odessa/

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