Uma paralisação promovida pelo Sindicato dos Rodoviários de Campinas e Região afetou o transporte público em cinco regiões da cidade no início da manhã desta sexta-feira (14). Moradores dos distritos do Ouro Verde, Barão Geraldo, Padre Anchieta, e das regiões da Abolição e Satélite Íris ficaram sem ônibus entre 4h e 6h, período em que os veículos começaram a deixar as garagens.
De acordo com o sindicato, o movimento foi um protesto pontual, com duração de duas horas, realizado nas empresas VB 1, VB 3, Expresso Campibus e Onicamp Transporte Coletivo. A manifestação teve como foco a campanha salarial da categoria, que está em período de data-base.

Operação parcial e medidas emergenciais
As empresas Coletivos Pádova, responsável por linhas em Sousas, e Itajaí Transportes, que atende à região do Campo Grande, não aderiram ao ato e operaram normalmente. As cooperativas, que não estão vinculadas ao sindicato, também mantiveram os serviços regulares.
Para reduzir os transtornos à população, a Emdec acionou o Plano Paese — Plano de Apoio entre Empresas de Transporte frente a Situações de Emergência.
Com isso, linhas operadas por cooperativas foram redirecionadas para cobrir os trajetos mais afetados, e o serviço do “Corujão”, que possui linhas em funcionamento durante a madrugada, teve seu horário estendido para atender os passageiros nas primeiras horas da manhã.
Até o início da manhã, o sistema já havia retomado a operação regular nas regiões impactadas. O sindicato não informou se outras paralisações estão previstas para os próximos dias, mas afirmou que os protestos continuarão e pediu a compreensão da população, da Emdec e do poder público pelos transtornos causados.
Resposta do Sindicato
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de Campinas (SetCamp) informou através de nota, que ocorreu um atraso de duas horas na saída dos ônibus do transporte coletivo urbano de Campinas na manhã desta sexta-feira (13). A paralisação, realizada pelo Sindicato dos Rodoviários de Campinas e Região, causou transtornos para milhares de usuários que dependem do serviço. As concessionárias, que seguem em negociação com o sindicato, ofereceram a reposição da inflação do período (5,53%) nos salários e no tíquete refeição.