sexta-feira, 26 abril 2024

PF faz operação em Sumaré contra fraude no INSS

A Polícia Federal realizou ontem, em Sumaré, uma operação especial de combate a fraudes contra a Previdência Social. De acordo com informações da Previdência, as investigações envolvem 15 benefícios que somam prejuízo de cerca de R$ 1,1 milhão aos cofres públicos.
A PF de Campinas cumpriu mandados de busca e apreensão em Sumaré. O operação recebeu o nome de Mixórdia e investiga, desde 2016, fraudes na obtenção de benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Vários documentos e eletrônicos foram apreendidos.
A Força Tarefa Previdenciária é formada pela PF, Previdência Social e MPF (Ministério Público Federal), e investiga a obtenção fraudulenta de benefícios previdenciários de prestação continuada mediante a utilização de documentos falsos e declarações inidôneas de ausência de renda, segundo a PF.
Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos ontem em Sumaré. Várias pastas de documentos e eletrônicos foram recolhidos, mas os alvos não foram divulgados.
De acordo com informações divulgadas pelo INSS, a investigação teve início em 2016 quando o INSS detectou benefícios com endereços coincidentes, situação comunicada à Coinp (Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda. Em levantamento posterior, a Inteligência Previdenciária constatou que o endereço correspondia ao de uma associação de aposentados da cidade de Sumaré e região.
Segundo a Coinp, em 15 benefícios suspeitos identificados, o prejuízo estimado foi de R$ 1,1 milhão. No entanto, a atuação da Previdência Social, na suspensão dos benefícios, e a desarticulação desse esquema ilícito possibilitou uma economia de mais de R$ 2,2 milhões em pagamentos futuros que seriam efetivados, considerando a expectativa de sobrevida dos supostos beneficiários, segundo tabela de mortalidade do IBGE. Esses números poderão ser maiores em face da real dimensão das fraudes concretizadas, o que será verificado com a continuidade das investigações.
“O modus operandi inclui a omissão de componentes e suas rendas no formulário de declaração de composição do grupo familiar, a apresentação de comprovantes de endereço ideologicamente falsos e declarações inidôneas de separação de fato ou de ausência de renda”, explicou o órgão.
A operação recebeu o nome de Mixórdia “em referência ao campo de atuação dedicado na obtenção fraudulenta de várias espécies de benefícios previdenciários e assistenciais, com diversas formas de operacionalizar as fraudes, gerando grande confusão, ou Mixórdia”.
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