terça-feira, 30 abril 2024

Preço do medicamento genérico varia até 2.258,82%

Comparar antes de comprar, mais do que nunca, é quase uma obrigação ao consumidor que quiser economizar. Pesquisa do Procon de Campinas em parceria com a Fundação Procon/SP, divulgada ontem, é mais uma prova disso.

O estudo revela que a diferença de preços entre os medicamentos genéricos pode chegar a 2.258,82% em estabelecimentos da cidade. Já entre os medicamentos de referência (de “marca”), a maior variação encontrada foi de 79,23%. 

A pesquisa envolveu nove drogarias em Campinas, onde foram pesquisados 58 medicamentos (31 de referência e 27 de genérico) entre os dias 22 e 23 de julho de 2019. 

O medicamento genérico com maior diferença encontrada foi o Hidroclorotiazida, encontrado por R$ 4,01 em uma drogaria e por R$ 0,17 em outra (quase 2.300% de diferença). 

Entre os remédios de referência, o Amoxil (Amoxicilina) foi o que apresentou maior diferença. Encontrado por R$ 74,49 na farmácia mais cara, e por R$ 41,56 na mais barata (diferença de 79,23%). 

Os dados podem ser consultados no site do órgão de defesa do consumidor, em https://procon.campinas.sp.gov.br/pesquisa-pre-o-medicamentos-2. 

O estudo aponta que, na média, os medicamentos genéricos são 57,04% mais baratos que os de referência. 

“É uma diferença grande, o que pode representar uma economia significativa para o bolso do consumidor. Por tal razão é essencial pesquisar preços entre laboratórios e estabelecimentos”, aponta a diretora do Procon de Campinas, Yara Pupo. 

Ela orienta o consumidor a consultar a lista de Preços Máximos (PMC) dos medicamentos disponíveis no site da Anvisa (http://portal.anvisa.gov.br) antes de proceder a uma pesquisa de preços. 

Essas listas devem estar disponíveis ao consumidor nas unidades do comércio varejista, conforme determina Resolução da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). 

“Com essas informações, o consumidor deve comparar os preços entre os diversos estabelecimentos, como também os da própria rede, já que podem variar significativamente”, explica a diretora. 

POLÍTICA 

Os preços dos medicamentos necessitam de aprovação da CMED, sendo que os reajustes ocorrem anualmente. 

A última publicação foi a Resolução nº 1, de 26/03/2019, que dispõe sobre a forma de definição do Preço do Fabricante (PF) e do Preço Máximo ao Consumidor (PMC) dos medicamentos em 31 de março de 2019. 

A publicação estabelece a forma de apresentação do Relatório de Comercialização à CMED, disciplina a publicidade dos preços dos produtos farmacêuticos e define as margens de comercialização desses produtos. 

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