sábado, 27 abril 2024

‘Sem-vergonhice’, diz Omar sobre promessas de candidatos a prefeito de Americana

O prefeito de Americana, Omar Najar (MDB), voltou a criticar as promessas dos candidatos ao cargo do Executivo. “Querem inventar a roda, é só bobagem, demagogia barata e sem-vergonhice, essa que é a verdade”, disse o prefeito em entrevista à Rádio Azul nesta sexta-feira (30). O prefeito já havia dito que os candidatos falam “muita bobagem” no início de outubro. 

Durante a entrevista desta sexta, Omar reafirmou achar que os candidatos estão “exagerando na dose” com as promessas que estariam iludindo a população. 

O prefeito pediu que os candidatos “pensem um pouco na cidade e parem com essas histórias que são humanamente impossíveis de se cumprir”. 

Ele disse que o povo não merece ser enganado novamente. “Não podemos fugir da realidade, com promessas infundadas, vagas, que não têm um pingo de credibilidade. Parem de enganar o povo, é isso que eu peço”. 

Ele citou promessas de ônibus gratuito.

“Agora simplesmente vai rasgar contrato? O município vai ser cobrado, vai ter que pagar indenização. Outra: reduzir a Zona Azul. Tá bom, então quem vai pagar a diferença? Para de falar bobagem, pensa bem antes de falar. Não é por aí não. Não estamos em países comunistas que pode fazer o que quiser, tem que respeitar o direito dos outros”, disse. 

Omar também criticou a promessa “100 médicos em 100 dias”, esta feita especificamente pela candidata e vereadora Maria Giovana (PDT). 

“Estamos no Brasil, é um absurdo isso. O governo federal tem dificuldade em arrumar médico. As cidades vizinhas. Vamos ser sérios, pensar no que é possível”, afirmou. 

A reportagem questionou a assessoria de Maria Giovana sobre o assunto, mas não houve resposta até o fechamento desta matéria. 

Omar citou outro exemplo. “Por exemplo, os probatórios. A Justiça já deu ganho de causa para o município. Quem fala que vai trazer os probatórios, vai trazer um passivo para o município, porque estes funcionários teriam direito a receber desde esta data de dispensa. Saíram por calamidade pública, não foi vontade minha. Aí falam que vão readmitir, é tão absurdo”, continuou. 

Omar afirmou que o prefeito eleito terá de resolver problemas como dívidas deixadas de administrações anteriores. “Eu vou deixar tudo pago, o que aparecer de dívida ano que vem é dos outros governos”, garantiu. Até dia 26 paguei todos os fornecedores do município”, garantiu. 

Omar voltou a dizer-se contrário à concessão do DAE. “Acompanhamos neste período todo, Sumaré, seis anos privatizado, e semana passada tinha 40 bairros sem água, está aos trancos e barrancos. Do jeito que estavam deixando era simplesmente para privatizar e pagar preço baixo. Hoje o DAE tem outro valor. E é patrimônio do município”, disse. Rafael Macris (PSDB) é o único candidato que defende a concessão do DAE. 

O prefeito disse que há muitas dívidas para a próxima administração, de governos anteriores, como precatórios e processos trabalhistas. “A próxima gestão e a outra talvez coloquem Americana no eixo, desde que o prefeito tenha consciência do que fazer”. 

QUEDA DE 15% A 18% 

O prefeito Omar Najar (MDB) afirmou também na entrevista desta sexta que a cidade deve ter queda na arrecadação entre 15% e 18% no ano que vem, com orçamento beirando os R$ 900 milhões. 

“Graças ao subsídio do governo federal de R$ 26 milhões conseguimos cobrir os furos”, afirmou. 

O prefeito revelou que é possível “enxugar a máquina pública”, mas que há empecilhos como funcionários concursados. “Ao mesmo tempo este mês a folha de pagamento veio R$ 300 mil a menos do que a de setembro. De pessoas que se aposentaram, se afastaram e coisas que conseguimos com o tempo”, disse. 

Segundo Omar, quando ele assumiu tinha de gastar 73% do arrecadado com folha de pagamento da prefeitura. “Hoje estamos com 47%, é uma redução muito grande. Evidente que aumentando a arrecadação automaticamente reduz este valor. Hoje o permitido é até 54% sob pena de improbidade administrativa. O ideal, com maior arrecadação, seria 35%, teria dinheiro para investir, com estrutura e independência”, disse. 

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