terça-feira, 17 setembro 2024

Sete cidades estão em ‘alerta’ para dengue, zika e chikungunya

Quem vive na RMC (Região Metropolitana de Campinas) deve ficar atento aos focos do mosquito Aedes aegypti, responsável pela dengue, zika e chikungunya. Sete cidades da região estão em situação de “alerta” ou risco para essas doenças, segundo classificação feita pelo Ministério da Saúde e divulgada na última quarta-feira.

Conforme relatório do Ministério, as cidades de Sumaré, Nova Odessa, Hortolândia, Paulínia, Jaguariúna, Monte Mor e Santo Antônio de Posse encontram-se em situação de alerta, de acordo com o novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2018. As demais cidades da RMC, incluindo Americana e Campinas, estão em situação considerada “satisfatória”.

Apesar de Hortolândia e Sumaré anunciarem redução no registro de casos de dengue este ano em comparação com o ano passado (71% e 43%, respectivamente), os números continuam altos em relação às outras cidades.

A Prefeitura de Hortolândia informou que até agora foram 39 casos confirmados de dengue no ano. Em 2017, foram 136 notificações.

A Secretaria de Saúde de Hortolândia implantou, em setembro, o Plano Municipal de Combate a Arboviroses. O objetivo do plano é promover ações básicas para combate ao mosquito transmissor, orientação à população e tratamento de pacientes.

CONSCIENTIZAÇÃO
Para conscientizar a população sobre a importância de manter casas, quintais e terrenos livres de criadouros do Aedes aegypti, a Prefeitura de Hortolândia lançou, em 2017, a Agenda Verde. O projeto envolve a “Operação Cata-Bagulho” e o plantio de árvores em terrenos antes ocupados por lixo, tudo com o objetivo de deixar a cidade mais limpa.

Sumaré teve redução de 43% de casos positivos para dengue. Em 2017, foram 58 confirmações. Este ano, são 33 pessoas até agora. Na última semana de novembro, a prefeitura realizou a “Semana Municipal de Intensificação do Combate à Dengue”, com ações para eliminar criadouros e conscientizar a população por toda a cidade. Os agentes de controle de endemias e equipes da dengue realizaram visitas a 1.171 imóveis.

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana também trabalha com a fiscalização e recolha de veículos abandonados no município, que podem se tornar criadouros do mosquito.

Mesmo identificados com crachás e veículos oficiais, agentes de endemias que trabalham no combate ao mosquito transmissor da dengue em Nova Odessa estão enfrentando resistência de parte da população, na hora das visitas “casa a casa”.

Através da Vigilância em Saúde, a prefeitura reforça o pedido para que os cidadãos permitam o acesso dos oito funcionários. No município foram sete casos positivos em 2017 e cinco casos até agora.

A Prefeitura de Nova Odessa aponta alguns fatores para a classificação do índice do Ministério da Saúde, como aumento natural de larvas devido ao período quente e chuvoso desta época do ano; aumento de criadouros por parte da população; falta de colaboração dos moradores diante de inúmeras ações e campanhas realizadas.

Desde 2015, Nova Odessa tem uma lei que aumentou os valores da multa aos moradores flagrados com focos do mosquito da dengue dentro das casas. A legislação também autoriza a entrada de agentes de saúde em casas fechadas e prevê multas para quem impedir a entrada dos agentes designados ao combate do Aedes aegypti. As multas são previstas de acordo com a quantidade de criadouros.

O valor varia de R$ 77,10, na penalidade mais leve, até 25,7 mil, na gravíssima.

 
 

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