sábado, 18 maio 2024

Submarino argentino desaparecido há um ano é achado no fundo do mar

Os argentinos despertaram na manhã de ontem, véspera de um fim de semana prolongado por conta do feriado de segunda-feira (comemoração da Batalha del Obligado), surpresos com a notícia da localização do submarino ARA San Juan, cujo desaparecimento há mais de um ano havia sido lembrado por familiares e pelo próprio presidente Mauricio Macri nesta semana.

O submarino foi encontrado pela empresa norte-americana Ocean Infinity, após a detecção de um objeto de 60 metros de comprimento, similar ao tamanho do submarino, cujo último contato feito com a base havia sido em 15 de novembro de 2017. Depois, desapareceu, com 44 tripulantes a bordo.

Na época, o caso chamou a atenção midiática de todo o mundo, e fez com que familiares dos tripulantes passassem a fazer vigília em Mar del Plata, local onde a embarcação tinha previsto chegar.

Imagens feitas por um robô de busca da Ocean Infinity foram mostradas a familiares dos tripulantes, reunidos em Mar del Plata, ontem.

O chefe da base naval do local disse que a embarcação sofreu uma implosão.

“Estamos todos destruídos aqui. Agora temos que saber o que aconteceu, com certeza houve falhas. A Justiça tem que investigar. Se houver culpados, que sejam punidos. Imagine, são 44 jovens que, quando entraram no submarino, estavam vivos”, disse Yolanda Mendiola, mãe do tripulante Leandro Cisneros, à agência AFP.

Agora, o governo argentino e as Forças Armadas terão que apresentar uma estratégia sobre como e se vale a pena resgatar o submarino. Como a explosão gerou um incêndio, e nunca mais houve contato da tripulação, o mais provável é que todos a bordo tenham morrido.

Mesmo que houvesse sobreviventes, informou a Marinha, não havia água ou comida que pudessem sustentá-la por todo esse tempo.

“A próxima etapa é ver se é possível tirar o submarino de lá ou não. Não é impossível, mas é uma operação muito complexa e muito cara”, disse à AFP um oficial da Marinha argentina que não quis se identificar.

Quando desapareceu o submarino, os boletins diários da Marinha, que mostravam a cada dia que a desinformação era total e já não se sabia como nem onde procurar, causaram desgaste entre o governo e as Forças Armadas.

 
 
 

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