segunda-feira, 20 maio 2024

Um pequeno americanense ‘por acidente’

Sabe aquela velha história da pessoa comum que se apaixona perdidamente por um artista de circo e segue viagem com ele? É a história da mineira Iara Justina da Silva, que tem em um de seus capítulos o nascimento de um “americanense por acidente”. Leandro Henrique de Lima, 9, nasceu na última passagem do circo por Americana, em 2009.
Iara lembra que, há 14 anos, tinha uma vida calma e tranquila em Caldas Novas (MG). Mas a vida mudou quando ela conheceu seu marido, o artista Marcio Leandro de Lima, no picadeiro de um circo. Ela garante que foi paixão à primeira vista. “Nós nos olhamos durante o espetáculo e nunca mais conseguimos nos separar”.
Na época, Lima se apresentava como equilibrista. Iara conta que durante toda a apresentação não conseguiu desviar os olhos dele. Ao final do espetáculo, os dois se encontraram, trocaram telefones e começaram a sair nos dias seguintes.
No entanto, depois de uma temporada de dois meses na cidade, era hora do circo partir para outro destino. E foi assim, que Iara decidiu mudar sua vida e seguir viagem. “Ele (Marcio) pediu permissão aos meus pais e fui embora da cidade. Era uma nova vida que se iniciava a partir daquele momento”.
O primeiro filho do casal, Paulo, nasceu pouco tempo depois do casamento.
Em 2009, numa passagem por Americana, no bairro Antonio Zanaga onde o circo fazia uma temporada de sucesso, Iara estava no final da gestação do segundo filho: Leandro Henrique. Os planos da família eram de ter o bebê em uma casa própria que mantêm em Valinhos. Porém, não deu tempo de chegar até a cidade e o bebê nasceu no Hospital Municipal “Dr. Waldemar Tebaldi”, de Americana. “Foi uma grande surpresa para todos nós, mas ficamos felizes porque estávamos tendo uma ótima receptividade em Americana, e decidimos estender a temporada em mais 20 dias até que o bebê estivesse mais forte para viajar”, lembra Iara.
E por essas coincidências da vida ou artimanhas do destino, 9 anos depois da última estada em Americana, a companhia de shows de seu marido, Mundo Disney (atualmente), foi convidada pelo Circo Bremer para fazer uma temporada de espetáculos na cidade.
Iara conta que quando soube da notícia ficou muito feliz, pois era a chance de revisitar a cidade onde tinha sido mãe pela segunda vez, e também teriam a oportunidade de apresentarem a Leandro sua terra natal. “Ele (Leandro) tinha esse sonho antigo de conhecer Americana. E quando descobriu que viríamos para cá ficou muito feliz. Nestas três semanas que estamos aqui ele quis conhecer um pouquinho de tudo, mas ainda quer visitar o Parque Ecológico”.
Segundo ela, caso um dos dois filhos pretenda cursar uma faculdade no futuro, ela dará uma pausa em alguma cidade até que terminem os estudos, mas ela acredita que tanto Paulo quanto Leandro vão terminar o ensino médio e decidirão seguir carreira como artistas de circo porque são apaixonados pelo trabalho. “Mas enquanto não decidem sobre isso, fazemos questão que frequentem a escola por onde o circo passa”. Paulo está no 8º ano e Leandro no 4º do ensino fundamental e são bons alunos. Depois de Americana, o circo seguirá para o Festival Paulista de Circo, em Piracicaba.

 
 Arte circense surgiu na Europa

Esta arte que encanta crianças e adultos surgiu no Brasil no século XIX, com famílias vindas da Europa, e que se manifestavam em apresentações teatrais.
Os ciganos, vindos também da Europa, apresentavam-se ao público, demonstrando habilidades como doma de urso e cavalos e ilusionismo.
Algumas atrações foram adaptadas ao estilo brasileiro. O palhaço europeu, por exemplo, era menos falante, usando a mímica como base, já no Brasil, o palhaço fala muito, utilizando de comédia sorrateira, e também de instrumentos musicais, como o violão.
Atualmente, as atrações circenses são mais modernas e trazem muitas novidades tecnológicas, exemplo disso é o Cirque du Soleil.
Hoje, o circo também tem uma ramificação que é o circo contemporâneo, que é aprendido em escolas, não só de pai para filho como antigamente.
Uma das primeiras escolas de circo surgiu em São Paulo, a Academia Piolin, em 1978.
No Rio de Janeiro, em 1982, foi aberta a Escola Nacional de Circo.
Nesta escola, jovens aprendem as técnicas circenses e quando formados, criam grupos e passam a se apresentar ao público. Ela é atualmente a única escola mantida pelo Ministério da Cultura do Brasil.
É um curso de dois anos, com formação em Técnico em Circo. As vagas da ENC são definidas por concurso público sendo que os candidatos devem ter no mínimo 14 anos de idade e estarem estudando regularmente ou já haverem concluído o ensino médio. A prova consiste em habilidade motora, força, flexibilidade e resistência.
| Fonte: InfoEscola
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