sexta-feira, 10 maio 2024

Afinal de contas, o que nos move?

O Teatro Municipal Lulu Benencase, em Americana, abre suas portas neste final de semana com a missão de responder uma pergunta (ou pelo menos tentar respondê-la): o que nos move? 

Nesse propósito, o Coletivo Bricoleur apresenta o espetáculo “A Isso Se Dá o Nome de Delicadezas”, a partir das 20h deste domingo (13). 

O ingresso para assistir a peça pode ser trocado por um produto de higiene pessoal na bilheteria do próprio Teatro, de terça a sábado, das 8h às 12h e das 13h às 17h. A classificação indicativa é livre para todos os públicos. 

No palco, Fabiana Pantarotto e Odair Demarchi convida a plateia para acompanhar as aventuras de Nino e Bepo e o sonho de voar que o vento os leva. Cada um de um jeito. Um com a razão e um com a emoção. 

A dupla de artistas não atua só no palco nesta produção, longe disso. É deles também a concepção, roteiro, figurinos, cenografia e adereços também. Completando a equipe, Jotapê Antunes faz a iluminação, Patricia Claro é a provocadora cênica, que atua juntamente com Tânia Menezes na contrarregragem, além ainda de Ana Clara Pantarotto atuar como musicista no espetáculo. O Coletivo todo assina a sonoplastia. 

VOAR 

Essa busca por voar leva o público a uma viagem de sensações e emoções fazendo com que se identifiquem, sentindo e vivenciando alegrias, tristezas, sonhos, frustrações, desejos, a fé, o altruísmo, o respeito e a esperança no potencial humano. O Coletivo busca promover uma reflexão sobre a própria vida e sobre a intensidade do vento que nos move, utilizando de múltiplas linguagens artísticas em cena. 

Segundo Fabiana, a proposta do projeto era refletir sobre as diferentes formas de “voar”. “Queríamos falar do voar. Do voar dos pensamentos, da imaginação, dos sonhos, da fé, como uma tentativa de trazer esperança e estímulo para as pessoas”, explica. 

No processo de concepção, o grupo discutia e criava o espetáculo a partir da pesquisa de diversas biografias de pessoas que se propuseram a voar de alguma forma, buscando entender o seu propósito, o que as motivava. Porém, um dia, se depararam com alguém que realmente impactou o Coletivo. “Chegamos em Leonardo da Vinci, que foi nossa maior inspiração. A partir da vida e da persona dele, começamos um roteiro descrevendo várias situações de dois personagens que, em meio a suas afinidades e diferenças, propõem o tema”, conta Fabiana. 

O grupo também não se manteve sozinho durante este processo. “Falávamos desse projeto com vários artistas e, voluntariamente, eles começaram a nos apresentar trabalhos envolvendo o tema. Assim fomos nos juntando, formamos o Coletivo, e demos corpo ao espetáculo”. 

A atriz relata ainda que o grupo não teve patrocínio para o processo de montagem da peça, mas que houve apoio com material e colaboradores que auxiliaram em todo o processo. 

“Estreamos no ano passado e neste ano conseguimos passar no edital do projeto de qualificação em artes do Poiesis, do qual participamos este ano todo e pelo qual readaptamos o espetáculo para essa reestreia”, complementa. 

Sobre o propósito do projeto e sua mensagem, Fabiana é categórica. “Queremos provocar um pensamento para cada expectador, questionando “o que te move?” e estimular as pessoas a sonharem e não desistirem dos seus propósitos”. 

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