quinta-feira, 18 abril 2024

‘Hermanoteu’ na Princesa Tecelã, em Americana

O Teatro Municipal Lulu Benencase, de Americana, recebe neste sábado (5), a partir das 21h, a comédia “Hermanoteu na Terra de Godah”, da Companhia Os Melhores do Mundo. 

“Hermanoteu” é um espetáculo reverenciado pelo público e que há 25 anos já percorre o país. No palco, 6 atores da Cia. revezam-se entre dezenas de personagens, sempre aprimorando uma de suas principais características: o improviso. Desta forma, eles adicionam fatos da atualidade, aproximam o passado do presente pela comodidade, e deixam a comédia sempre com um tom atual, próximo da realidade do público. 

COMÉDIA 

No palco, encontramos entre as perdidas páginas do Antigo Testamento, Hermanoteu. Ele é um típico hebreu do ano zero – camarada, bom pastor e obediente -, que recebe uma missão divina: guiar seu povo à Terra de Godah. Num cenário que representa um imenso deserto, o protagonista cumpre uma jornada de humor, encontrando personagens históricos e caricatos, sem qualquer compromisso com cronologia ou religiosidade, apenas com o riso. 

Além do elenco da companhia, composto por Adriana Nunes, Rodrigo Fernandes, Jovane Nunes, Ricardo Pipo, Victor Leal e Welder Rodrigues, este espetáculo tem ainda uma participação muito especial. O humorista cearense Chico Anysio, falecido em março de 2012, interpreta Deus, através de textos gravados em off. 

PROCESSO 

Segundo Jovane Nunes, um dos atores do elenco, o espetáculo tem a mesma idade da companhia. “Foi uma das primeiras peças que a gente fez com essa formação”, relembra. 

“A gente tem um tema e usa esse tema, que no caso do “Hermanoteu” é uma peregrinação no Antigo Testamento, e usa para falar das coisas de hoje, para falar da nossa cultura de hoje, para fazer uma crônica do dia a dia”, conta. “Então, toda aquela peregrinação a gente usa para falar de comportamento, de futebol, de política nos dias de hoje.” 

O ator conta ainda que o texto recebeu modificações da sua redação original até as apresentações mais recentes. “Ao longo do tempo a gente foi mudando o texto, elaborando, até chegar nessa versão final. A gente também testa muito no palco e cada dia é um dia. O público riu, o público gostou, fica. Aquilo é incorporado. O público não gostou, não está rindo mais, tira e entra uma coisa no lugar. A vantagem do palco é isso, você está sempre transformando a sua peça”. 

Jovane conta ainda que o processo de construção foi semeado por referências dos artistas.. “Eu sempre digo que o processo criativo é pegar tudo o que você tem, das experiências que você tem e dar uma vida nova para aquilo. Ninguém cria nada do nada”. 

Uma das referências foram os antigos filmes bíblicos épicos que passavam, inclusive, na TV. “Isso é engraçado, isso aqui dá piada, a gente pode brincar com isso”, diz. 

Apesar de vários integrantes hoje fazerem sucesso na TV, eles gostam de continuar se aventurando no teatro. “O palco é o nosso lugar. É onde a gente começou, onde a gente pode experimentar, onde a gente domina devido aos 25 anos de experiência, e onde somos donos do negócio, fazendo do jeito que a gente quer no palco”. 

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