quinta-feira, 9 maio 2024

Moradores relatam os motivos de viver em Americana

Oportunidade de trabalho, tranquilidade e povo educado são qualidades apontadas por quem escolheu e adotou a cidade 

Neste ano, Americana foi considerada a sétima melhor cidade do Brasil em levantamento realizado pela Austin Rating, em parceria com a Editora Três. A revista ISTOÉ publicou o resultado com a lista das 50 cidades que tiveram as melhores colocações entre os 5.565 municípios brasileiros analisados. 

Americanenses e moradores antigos da cidade, vindos de outras cidades, comentaram como gostam de viver na querida Americana. 

O comerciante Luiz Carlos Sanajotti, de 67 anos, tem um sebo, local onde compra e vende livros e discos usados, e mora em Americana desde os 3 anos de idade. Ele contextualiza a história da cidade com conhecimento adquirido sendo “mercador de conhecimento”. Segundo ele, Americana é “acolhedora e empreendedora em suas raízes”. Sanajotti mora há 61 anos no bairro Conserva.

“Eu estou muito feliz onde estou porque ali está a minha história e o cidadão só se realiza quando consegue contar a própria história dentro de uma localidade. Eu prezo muito os amigos que tenho ali no Conserva e Nova Americana”. Ele começou a vender discos em 1972 na TV Radiobrás, antiga rua 30, em Americana.

“Eu iniciei e nunca mais saí do ramo. Somos mercadores de conhecimento. Americana tem uma qualidade de vida, como dizem os órgãos, excepcional. Temos uma organização social e econômica de primeiro mundo. Temos um território pequeno. Tivemos uma ocupação de solo ordenada. Uma cidade já com o espírito empreendedor dos próprios americanos que estiveram aqui após a Guerra de Secessão de 1865. Esses agrupamentos fabris e profissionais liberais fazem com que tenhamos uma qualidade de vida melhor. Porque Americana é uma cidade tão boa. Como diz o Drummond de Andrade, quando você chegar no ápice ou na qualidade, como essa cidade chegou, não podemos nos esquecer que houveram amontoados de sacrifícios lá atrás de pessoas e entidades desprendidos”, explica.

O estudante Renan Carbonera, de 18 anos, é americanense e gosta de morar na cidade onde nasceu. Conta que tem opções de entretenimento. “É uma cidade tranquila. Eu, particularmente, gosto bastante. Eu, praticamente, não vejo casos de assaltos. Eu gosto da cidade e gosto de morar aqui. Eu sou mais jovem normalmente vou à avenida Brasil aos sábados. O povo que eu conheço vai bastante lá”, diz o estudante. Ele estuda na Fatec (Faculdade de Tecnologia Ministro Ralph Biasi) de Americana. “É uma faculdade boa, pública. Ela é tecnóloga e acaba em três anos, com diploma de ensino superior. Está entre as cinco melhores da rede de Fatec no estado todo”, disse.  

A aposentada Joselis Silva Pessoa, de 60 anos, é baiana e mora há 27 anos no município. Ela declara que “ama Americana”. “É muito gostoso morar em Americana. Sou bem recebida em todos os lugares aonde vou, hospitais, posto de saúde, as pessoas são legais, as enfermeiras. Fui muito bem tratada no Hospital Municipal. Eu só tenho de agradecer. Eu amo Americana. Amo minha terra natal (Bahia), mas aqui sou muito bem tratada graças a Deus”, relata Joselis.  

O americanense José Waldemar Rovina, de 72 anos, é o taxista mais antigo em atividade em Americana. Ele conta que é do tempo em que havia charrete no Terminal. Rovina trabalhou como cobrador de ônibus, motorista de ônibus antes de entrar no táxi.

“Estou há 52 anos trabalhando como motorista de táxi aqui. Sou o mais antigo da cidade. Eu sou do tempo que aqui em Americana tinha o ponto de charrete no Terminal. Os carros eram Simca e DKW. Eu comecei com um Simca. Então, isso marca muito a gente. Eu consegui tratar dos meus três filhos e dar a oportunidade de cursarem faculdade, sempre trabalhando aqui. Gosto de viver aqui. Sou nascido e criado em Americana”, comentou. 

Há 21 anos José de Andrade, de 85 anos, dá o tom no calçadão do Centro de Americana com os acordes de sua sanfona. Ele mora há 40 anos em Americana e veio de Pernambuco em 1980.

“Eu comecei em 2001. Dá para ganhar um ‘dinheirinho’. Eu ganho mais no Natal. É muito bom morar aqui o povo daqui é educado e me ajuda muito. Todo mundo me conhece aqui e até das cidades vizinhas, das crianças aos adultos. É que nem um emprego, pois tenho meu ganho certo. No início cortei cana, apanhei algodão. Depois eu comecei a vender pipoca aqui na cidade. Vendi durante 9 anos na Escola Heitor Penteado e no sábado tinha um ‘forrozão’ lá na Avenida Cillos e eu ia para lá. Comecei a tocar sanfona e estou até hoje”, 

A aposentada Josefina Dias da Rocha, de 65 anos, mora há 50 anos no município e relembra que o pai se mudou com a família somente com as roupas.

“Eu nasci na cidade de Pacaembu (interior de São Paulo). Meu pai tinha conhecidos aqui em Americana e ele decidiu vir só com a roupa do corpo. Aqui ele teve uma casa no Zanaga. Ele faleceu em 2018 e minha mãe em 2013. Meu pai viveu bem aqui também. Vivi bastante histórias aqui. Tenho uma filha de 36 anos e outra de 34 anos que nasceram aqui em Americana”. 

O aposentado Orlando Cláudio Martins, de 75 anos, é natural de Santa Rosa do Viterbo (SP), na Região Metropolitana de Ribeirão Preto, e mora em Americana há 50 anos.

“Todo dia estou aqui no Centro. É um lugar tranquilo. Almoço bom. Sempre encontro alguém para conversar. Eu sou mais de contato com a natureza de ir ao Parque Ecológico, rios e lagoas. Eu vou geralmente em pesqueiro. Gosto de caminhar, mas as minhas caminhadas são longas: de 5 a 6 quilômetros. Por dia não, de vez em quando. 

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