quarta-feira, 8 maio 2024

Paulínia completa 59 anos de desenvolvimento

Primeiros moradores foram os italianos, que chegaram atraídos pela fertilidade de suas terras 

Autoras: à esquerda, Maria das Dores Soares Maziero, a Dorinha; à direita, Meire Terezinha Müller

Uma das cidades mais ricas do estado de São Paulo e que ocupa uma área de 139 km² completa 59 anos no dia 28 de fevereiro de 2023, chama-se Paulínia. A população, estimada em 2018 pelo IBGE era 106.776 habitantes, em 2020 foi para 112.003.

Para contar um pouco da história de Paulínia, a equipe de reportagem do TODODIA foi até a cidade para conversar com as autoras de um livro que conta justamente parte deste histórico de crescimento do município.

Meire Terezinha Müller e Maria das Dores Soares Maziero – “Dorinha”, como é conhecida, escreveram dois livros que possuem a 1ª e 2ª edições bilingues – “Paulínia Histórias e Memórias, dos trilhos do carril às chamas do progresso”.

O único livro que tinha na época era do jornalista Diogo Madrito, que escreveu “Um olhar de jornalista”, onde ele conta a história de Paulínia como parte de Campinas.

Dorinha conta que o título do livro – “Dos trilhos do carril às chamas do progresso” tem a ver com a vinda dos imigrantes italianos que chegaram em Paulínia no final do século XIX, e que as “chamas do progresso” fazem referência à família da escritora.

História de Paulínia

Os primeiros moradores foram os italianos, que chegaram atraídos pela fertilidade de suas terras. A antiga estação de José Paulino, de 1919, como a maioria das cidades brasileiras, teve origem numa velha sesmaria de fins do século XVII.

As escritoras explicaram que Paulínia nasceu entre uma capela e uma estrada de terra, nesse trecho existia uma grande fazenda, a famosa na época era São Bento, o mesmo dono da fazenda criou também a capela São Bento.

O livro conta que o comendador conhecido como Francisco de Paula Camargo, em 1897, forneceu toda a madeira extraída das matas de sua propriedade para a construção da primeira Capela São Bento.

 Estrada de ferro

Outro fato importante narrado no livro é sobre a estrada de ferro, que foi criada em 1899 pela Companhia Carril Agrícola Funilense, ligando desta forma as fazendas dos grandes latifundiários que moravam na cidade de Campinas.

Na época tinha uma estação chamada José Paulino, e com o tempo, a vila foi crescendo, até que em 1944 teve um Decreto Estadual proibindo localidades de terem nomes de pessoas vivas, onde a vila foi considerada um distrito e nomeada de ‘Paulínia’.

“Na verdade, há quem pensa que o José Paulino fundou a cidade de Paulínia, isto porque ele deve ter passado várias vezes pela estrada de ferro, mas morar aqui, ele nunca morou, enfatizou, a escritora Meire Muller.

Em 1956, José Lozano Araújo, um funcionário aposentado da Assembleia Legislativa de São Paulo, fundou a ONG- ” Amigos de Paulínia”, reunindo os mais antigos moradores do distrito, tendo como objetivo iniciar o movimento pela emancipação política de Paulínia.

Em 6 de novembro de 1963 ocorreu o primeiro plebiscito em relação ao assunto, dando autonomia à localidade. A decisão dos moradores foi confirmada em 28 de fevereiro de 1964, quando foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo a Lei 8092, que cria o município de Paulínia. 

Estrada de ferro

Estação José Paulino

Trabalhadores das fazendas circunvizinhas abriram o caminho para a estrada de ferro

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