domingo, 19 maio 2024
ECONOMIA

66.6 milhões de brasileiros estão com dívidas

Por Gregório José Lourenço Simão, jornalista, radialista e filósofo. Pós-graduado em gestão escolar, ciências políticas, mediação e conciliação, e gestão pública
Por
Gregório José Lourenço Simão
Foto: Arquivo Pessoal

O governo federal e as instituições que fornecem crédito comemoram a redução do número de devedores em junho, no entanto, mesmo assim, mais de 66 milhões de brasileiros estão com dívidas para pagar. O programa do Governo Federal, Desenrola Brasil promete diminuir estes números, mas há quem ainda não tem condições de liquidar o montante.

O número de inadimplentes no país é maior na faixa etária dos 30 aos 39 anos de idade em torno de 16,5 milhões de pessoas. Outra faixa devedora elevada é dos brasileiros entre 40 e 49 anos (14,4 milhões) e dos 50 aos 64 anos com cerca de 13,3 milhões de devedores.

Acima dos 84 anos de idade são pouco mais de 348 mil devedores e, entre 18 e 24 anos já somam 6,8 milhões (número alto para quem está entrando no mercado de trabalho).

CNDL e SPC

O problema da recuperação de crédito e a possibilidade de tomar empréstimos e fazer contas parceladas no segundo semestre amplia a expectativa dos empresários e comerciantes em vender mais próximo ao natal. Contudo, se não houver uma política de economia popular que oriente o consumo consciente, em um ano ouviremos falar em “Desenrola 2”.

A pesquisa divulgada esta semana pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (40,87%) estão negativados.

CNDL e SPC

Outra análise do mesmo estudo entende que a diminuição do número de devedores não indica um acerto real do saldo negativo, mas tão somente a diminuição do desemprego com uma melhora da renda do trabalhador.

Vale lembrar que quase 32% dos devedores brasileiros têm dívidas menores do que R$ 500, enquanto 45,7% devem menos do que R$ 1 mil. Mesmo assim, valores baixos, não conseguem quitar o débito. Os maiores credores são bancos, seguidos por comerciantes e lojistas, vindo, na sequência, dívidas com Energia e Água.

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