domingo, 19 maio 2024

O Essencial

Por Ailton Gonçalves Dias Filho, pastor presbiteriano
Por
Ailton Gonçalves Dias Filho
Foto: Arquivo Pessoal

Dias atrás fiz uma reflexão em minha comunidade baseado no entrevero que os religiosos tiveram com Jesus por causa da atitude dos discípulos de colher espigas de trigo no sábado.

Na ocasião, fiz algumas afirmações. Quero reiterá-las neste espaço ampliado. Primeira afirmação é o fato que a necessidade não conhece nenhuma lei. A necessidade humana, para Jesus, tem prioridade absoluta. Ele mostra claramente uma máxima das convenções humanas. A máxima de que toda regra tem sua exceção. Os discípulos colheram espigas em dia de sábado. Teoricamente não podiam. A fome fez a exceção. A necessidade humana fala mais alto do que o princípio da lei. No caso em questão, Jesus cita o exemplo de Davi que, com fome, comeu um pão que, teoricamente, só o sacerdote podia comer.

Diante da fome, Davi não pensou duas vezes e comeu, ele e seus companheiros. Toda regra tem sua exceção. A necessidade não conhece nenhuma lei.

A segunda afirmação é que é sempre certo demonstrar misericórdia. No mesmo sábado, numa sinagoga, os religiosos perguntam a Jesus se era lícito curar no sábado. Estava na sinagoga um homem com a mão atrofiada. Jesus não pensa duas vezes. Cura o homem em dia de sábado. O bem deve ser feito todos os dias. Não há contraindicação na prática de demonstrar misericórdia. Não importa o dia, faça o bem.

Afirmei ainda aquilo que o texto evangélico deixa claro, explícito: Jesus Cristo é maior que os dias da semana. Ele quer misericórdia e não sacrifícios. Ele é aquele que “não contenderá, não gritará…não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega…”. Precisamos aprender com a sabedoria e a docilidade do carpinteiro de Nazaré e entender aquilo que é essencial. O essencial tem prioridade. O secundário pode esperar.

É isso!

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