terça-feira, 23 abril 2024

Cataratas do Iguaçu: É muita água!

Quais são as mais belas cataratas das Américas? Iguaçu, na fronteira da Argentina com o Brasil, ou Niágara, entre os EUA e o Canadá? Em meio ao duelo das grandes cachoeiras do continente, uma frase entrou para o anedotário.

Em suposta visita ao rio Iguaçu, na primeira metade do século 20, a então primeira-dama dos EUA Eleanor Roosevelt teria exclamado: Poor Niagara! (ou pobre Niágara).

A bem da verdade, esse conjunto de mais de 275 quedas d’água não precisa do endosso da senhora Roosevelt. Escolhida como Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1984, as cataratas do Iguaçu são um espetáculo assombroso, como todos nós, brasileiros, sabemos. Ou quase todos.

O que mal se fala no restante do país é que dois terços das quedas d’água estão no território da Argentina. Engana-se quem acredita que basta ver uma das faces para contemplar toda a dimensão da paisagem. São passeios complementares.

IGUAÇU
O trecho brasileiro oferece número pequeno de trilhas, sendo a mais popular a das cataratas, com 1,2 km. Nesse caso, a expressão gran finale se justifica. Depois de se molhar um número incontável de vezes ao longo da passarela (considere levar capa de chuva), o visitante chega ao último mirante, bem diante da Garganta do Diabo, o ponto que divide o Brasil da Argentina.

 
Em formato de U invertido, é a mais potente das quedas d’água, com 80 metros de profundidade e 50 de largura. A visão mais sublime fica por conta da imensa nuvem de vapor de água, que se forma com o impacto da queda de cerca de 1.500 m³ por segundo sobre o cânion.

Mas Iguaçu não se resume à garganta, o que nos leva a um trunfo do parque brasileiro. É esse lado que oferece a melhor vista panorâmica dos 2,7 km pelos quais se estendem as cataratas.

IGUAZÚ
Entre as principais vantagens do Parque Iguazú, no lado argentino, estão a incidência menor de aglomerações, a proximidade entre passarelas e cachoeiras e a extensão e variedade das trilhas.

O Trem da Selva leva cerca de meia hora para alcançar a face argentina da Garganta do Diabo. A não mais que 18 km/h, permite a contemplação da floresta ainda bem preservada. Deste lado, a vista da Garganta é também fascinante. Há, porém, uma diferença expressiva em relação ao parque brasileiro: o mirante do país vizinho fica em uma posição mais alta, o que permite, por exemplo, boa observação das centenas de pássaros que, em grande velocidade, atravessam as cascatas.

ROTEIRO FORA D’ÁGUA
Depois de se molhar nas cataratas tanto do lado brasileiro quanto do argentino, quem ficar mais dias em Foz do Iguaçu (PR) pode se programar para outras atrações na cidade.  Foz tem opções de passeio que passam longe das cataratas, incluindo um pedaço preservado de mata atlântica e um templo budista no alto da cidade. Se a ideia é fazer compras, a vizinha Ciudad del Este, é uma boa opção.

PARQUE DAS AVES – Fica bem em frente ao Parque Nacional do Iguaçu. É um refúgio de mata atlântica com diferentes bichos, como guarás, tucanos, araras, borboletas, jacarés, cobras e flamingos.

 
USINA DE ITAIPU – Uma opção é visitar o refúgio biológico (com suas onças-pintadas e floresta), o polo astronômico, o Ecomuseu, o passeio de catamarã no lago de Itaipu (se for no pôr do sol, melhor) e a iluminação noturna da barragem.

 
HELICÓPTERO – O passeio mais curto dura dez minutos. É a chance de fazer fotos e vídeos de diferentes ângulos da Garganta do Diabo. Já o passeio de 30 minutos sobrevoa, além das próprias cataratas, os rios Paraná e Iguaçu, o Marco das Três Fronteiras e Itaipu.

MARCO DAS 3 FRONTEIRAS – O local às margens dos rios Iguaçu e Paraná tem um mirante de onde se avista a Argentina e o Paraguai e se contempla o pôr do sol.

TEMPLO BUDISTA – É um bom lugar para dar uma pausa na viagem. Fica num ponto alto da cidade, de onde se pode ter uma vista do centro de Foz e de Ciudad del Este. O mais bonito do lugar é o jardim, com mais de uma centena de estátuas douradas, voltadas para o poente, e um Buda de sete metros de altura.

MUSEU DE CERA E VALE DOS DINOSSAUROS – Para quem já visitou museus de cera no exterior, o de Foz do Iguaçu, chamado de Dreamland, pode decepcionar pelo tamanho e pela qualidade de algumas das esculturas de gente famosa. Por outro lado, em outros países vai ser difícil achar um boneco que é a cara do Mussum para fazer selfie. A visita pode ser combinada, se houver crianças, a um passeio no Vale dos Dinossauros, que fica ao lado, e a exposição Maravilhas do Mundo, de miniaturas de monumentos como o Cristo Redentor, a estátua da Liberdade e o palácio Taj Mahal.

 

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