Em tempos de pandemia – com lojas fechadas e linhas de produção paralisadas -, empresas privadas instaladas na região acabam se tornando parceiras importantes do poder público nas ações de combate ao coronavírus. Elas oferecem equipamentos, alimentos e material de limpeza, por exemplo.
As ações foram planejadas e executadas por empresas dos mais diversos portes e segmentos. Cada uma contribui como pode e com quanto pode, e ajuda a aliviar a demanda crescente por serviços e assistência social.
SUMARÉ
A prefeitura de Sumaré conta com a ajuda de treze empresas parceiras para a arrecadação de cestas básicas e produtos de limpeza, encaminhados aos departamentos de saúde, assistência social e serviços urbanos.
E o mais curioso é que é que nem sempre o material doado pela empresa tem relação com sua linha de produção.
A Verssart, por exemplo, que explora negócios no setor imobiliário, e o Pastifício Selmi repassaram álcool líquido 70% às equipes da Saúde. A indústria de autopeças Kwangjin contribuiu com artigos de limpeza e desinfecção da cidade.
A Honda (gigante do setor automobilístico) e a transportadora Transjordano fizeram fez parte do grupo de empesas que abasteceram o Fundo Social de Solidariedade com mais de mil cestas básicas entregues a famílias carentes cadastradas pela Administração.
E as doações não param de chegar: luvas de látex, óculos protetores, aventais. termômetros infravermelhos, máscaras, pulverizadores, sabonete líquido, pedras sanitárias, toalhas de papel, sacos de lixo…
NOVA ODESSA
A Ambipar – uma das líderes nacionais no gerenciamento de resíduos sólidos e soluções ambientais – já era uma importante fornecedora de serviços para a higienização de casas, apartamentos, lojas, fábricas e veículos. Mas, com a pandemia, o foco mudou.
Em Nova Odessa, a empresa passou a executar a desinfecção das unidades de saúde e entornos, com a aplicação de hiploclorito de sódio. O know-how privado passou a ser usado na defesa dos interesses do público.
Na mesma cidade, a Barbarex doou no começo da semana 600 kits com produtos de limpeza ao Fundo Social de Solidariedade, que serão entregues às famílias que passam por dificuldades financeiras em razão da pandemia.
As famílias recebem água sanitária, álcool 70, detergente e desinfetante. A direção da empresa ainda criou uma forma de ampliar o alcance da inciativa.
Os kits serão vendidos a preço de custo para clientes que tenham interesse em doá-los em núcleos carentes.
AMERICANA
– A Secretaria de Planejamento de Americana fechou parcerias com confecções e tecelagens para a produção de máscaras.
– Além de contar com a mão de obra voluntária das costureiras que trabalham no Cuca (Centro da Universidade do Conhecimento de Americana), empresas doam tecido para a manufatura das peças (caso Di Grecco e da Nova Giulen). A Primícia ainda corta e confeccionam máscaras.
– As parcerias privadas já garantiram à Prefeitura a confecção de mais de 20 mil máscaras. A oferta vai ia crescer: a direção do Via Direta mobiliza costureiras para a confecção de mais peças.
– O Hospital Municipal de Americana já recebeu doações de álcool em gel da empresa Ipê, além de tecidos, da Santista, para fabricação de lençóis.
SANTA BÁRBARA
– Santa Bárbara d’Oeste conseguiu da Unimep a cessão de uma gleba do campus barbarense para a implantação de um hospital de campanha, para facilitar o acolhimento de pacientes de Covid-19.
– Além disso, a FAC (Faculdade Anhanguera) cedeu para atendimento de casos suspeitos um espaço do seu setor de fisioterapia que já funcionava no PS Afonso Ramos.
– A cidade também já recebeu, de diversas empresas, doações de alguns EPIs e insumos para a Saúde.
HORTOLÂNDIA
– Em Hortolândia, a LanMar – empresa voltada à usinagem de peças, máquinas e ferramentas – passou a fabricar componentes de respiradores, equipamentos essenciais para o tratamento de pacientes de Covid-19.
– De acordo com o gerente de produção Edson Silva, a empresa usa no processo o mesmo software usado na produção de acessórios para indústria aeronáutica.
– A encomenda (dez mil componentes, no total) será entregue a preço de custo à Magmamet, empresa da Grande São Paulo especializada na fabricação de respiradores.
– As peças fabricadas em Hortolândia vão ajudar na fabricação de cinco mil equipamentos até o fim de abril.
