Perto do término de seu mandato, o presidente Michel Temer fez ontem uma avaliação sobre o funcionamento da máquina pública e concluiu que o poder absoluto corrompe.
Em abertura de um fórum de órgãos de controle, na capital federal, ele considerou que, sem fiscalização, o poder público se degenera com excessos e abusos.
“O poder, sem controle, logo se degenera em excessos, abusos, arbítrio. Não é sem razão aquela velha frase usada por tantos politólogos constitucionalistas, dizendo que o poder corrompe, mas o poder absoluto corrompe absolutamente”, disse.
Em dois anos e meio à frente do Palácio do Planalto, o presidente foi duas vezes denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República), perdeu três ministros por suspeitas de irregularidades e teve seis auxiliares citados no rastro da Lava Jato.
“Se você arrecada, se você vai gastar, e quem gasta é a autoridade constituída você tem que ter um controle. O velho controle que deriva da ideia de que cada poder tem que limitar a atividade do outro poder”, disse.