domingo, 19 maio 2024

Após 100 mil mortes, ministro fala em ‘esforço de guerra’

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta segunda-feira (10) que o Brasil vive um momento de “esforço de guerra” contra o novo coronavírus e que é preciso haver união no combate à pandemia. Para isso, segundo ele, não devem existir diferenças partidárias ou ideológicas.

“Estamos em um esforço de guerra, lutando contra uma pandemia. O Orçamento [da União] que foi liberado é um orçamento de guerra. Quando as empresas aceitam as requisições de equipamentos e materiais, isso é esforço de guerra. Quando a mídia chega conosco para, juntos, aumentarmos a capacidade do País em chegar ao mais longe rincão, levando a informação correta e necessária, estamos todos juntos nessa missão. Não existem, neste momento, diferenças partidárias ou ideológicas. Somos todos brasileiros combatendo, dia a dia, da melhor forma para que não haja mais mortos em nosso país”, disse Pazuello, ao participar da cerimônia de inauguração da Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19, na sede da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro.

A nova unidade vai ampliar a capacidade nacional de processamento de testes moleculares para detecção da Covid-19, podendo liberar até 15 mil resultados de testes moleculares por dia.

“Já perdemos 100 mil brasileiros com nome, identidade, família e, podem acreditar, estamos todos os dias revendo nossos protocolos, procurando o que tem de melhor, e alterando aquilo que não estava dando certo. É nesse viés que posso afiançar: diagnóstico e testagem, que se encaixam com essa inauguração de hoje, são a base do tratamento precoce”, afirmou

ATENDIMENTO

O ministro recomendou que as pessoas que tiverem sintomas da doença que não esperem a situação se agravar para buscar atendimento.

Segundo ele, não está correto ficar em casa até passar mal, com sintomas de falta de ar. Esse protocolo já foi alterado pelo Ministério da Saúde, explicou. “Isso não funciona, não funcionou e deu no que deu. Nós, há dois meses, já mudamos esse protocolo. A qualquer sintoma, procure imediatamente a unidade básica de saúde, as triagens da UPA, procure o médico, que tem poder soberano de diagnosticar de forma clínica e epidemiológica, com exame laboratorial, com exames de imagens e testes para definir o diagnóstico”, disse o ministro.

Na sua visão, com esse procedimento, o paciente não vai ter o quadro agravado e necessitar de uma UTI. “O risco de morrer aí é muito pequeno, a partir do tratamento correto, do diagnóstico precoce e da compreensão de que não é ficar em casa aguardando a piora dos sintomas”, completou.

GESTÃO

De acordo com Pazuello, cabe aos municípios e Estados a gestão de medidas preventivas e de afastamento social. Todas têm o apoio do governo, disse ele, mas precisam ser seguidas de ações para identificar o diagnóstico da população.

“Nós apoiamos todas, porque quem sabe o que é necessário naquele momento precisa de apoio, e nós apoiamos”, afirmou.

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