sexta-feira, 17 maio 2024

Após críticas, governistas se mobilizam para defender Previdência na CCJ

Depois que a articulação do governo Jair Bolsonaro foi criticada, líderes da base se mobilizaram para defender a reforma da Previdência na reunião desta terça-feira (9) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).  Os deputados reclamaram de falta de estratégia do governo durante a audiência com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na última quarta-feira (3). Segundo parlamentares favoráveis à reforma, os líderes do governo não se mobilizaram para intercalar falas em defesa da proposta com os ataques da oposição.

Nesta semana, os líderes do governo e do PSL, Major Vitor Hugo (GO) e Delegado Waldir (GO) apareceram na fila da porta da comissão logo pela manhã. Logo depois, vice-líderes do governo na Casa começaram a aparecer na fila, para se inscrever para falar.  A reunião desta terça-feira (9) terá a apresentação do parecer do relator da reforma nesta fase, Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG). Depois, deve haver pedido de vista, e a previsão é que o início da discussão para a votação seja apenas na próxima semana.

A ordem das inscrições é importante porque determina quem terá a chance de falar na reunião. No caso de Guedes, por exemplo, só havia deputados de esquerda entre os primeiros a falar, gerando desgaste para o ministro e a proposta.  “Mudamos a estratégia até porque a gente percebeu que na semana passada a oposição se articulou. Temos que levar em consideração que membros da oposição são membros que estão há muito tempo nessa Casa”, afirmou a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP).

Antes mesmo do início da sessão, governistas e oposição iniciaram o debate sobre a reforma da Previdência. Waldir e a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) discutiram sobre a proposta que endurece as regras de aposentadorias. Bomfim criticou principalmente as medidas que mudam os critérios para aposentadoria rural e o novo modelo de BPC (benefício pago a idosos carentes). Governistas estão confiantes para a votação do parecer de Freitas, prevista para a próxima semana.

Hasselmann evita prever o placar. Mas aliados de Bolsonaro acreditam que mais de 40 deputados devam votar a favor a reforma na CCJ, que é formada por 66 membros. A mobilização desta terça é protagonizada pelo PSL, partido de Bolsonaro. Para aprovar a PEC, o governo precisa do apoio de mais bancadas partidárias que, apesar de serem a favor da reforma, não se declaram aliados ao Palácio do Planalto.

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