O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), 64, recebeu alta e deixou o Hospital das Forças Armadas por volta das 7h30 desta terça-feira (24), véspera de Natal, depois de sofrer um acidente doméstico no dia anterior no Palácio da Alvorada. De acordo com a assessoria da Presidência da República, Bolsonaro teve uma noite tranquila e “sem intercorrências”.
Nota divulgada informa que o presidente foi submetido a exames bioquímicos e a uma tomografia, com resultados considerados normais, “tendo recebido alta hospitalar com orientação de repouso no Palácio da Alvorada”. Ele sofreu uma queda no Palácio da Alvorada e foi levado na noite de segunda-feira (23) para o hospital, que fica no setor Sudoeste, em Brasília.
Após sair do hospital, Bolsonaro voltou ao Alvorada. Durante a manhã, foi visto caminhando e conversando com funcionários nas dependências da residência oficial. Ele não precisava de auxílio para andar. De acordo com boletim de segunda-feira, divulgado por volta das 23h, Bolsonaro foi atendido pela equipe médica da Presidência e, depois, levado ao hospital para exames. “Foi submetido ao exame de tomografia computadorizada do crânio, que não detectou alterações.”
Bolsonaro ficou em observação no hospital por volta de dez horas. Segundo relatos não oficiais, a queda teria se dado em um dos banheiros do palácio. O ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, chegou ao hospital um pouco depois do comboio presidencial. Segundo ele, a queda “não foi nada de mais” e o presidente estava bem.
A saúde do presidente inspira cuidados desde que ele foi vítima de um ataque à faca, em setembro de 2018, durante um ato de campanha em Minas. Desde então, Bolsonaro já passou por quatro cirurgias. Após passar por exames no último dia 11, o presidente disse que poderia ter câncer de pele. No dia seguinte, acusou a imprensa de fazer fake news com o caso. Em entrevista no último sábado (21), Bolsonaro afirmou que o resultado da biópsia afastou a possibilidade de ele ter a doença.
No Twitter, Bolsonaro citou uma passagem do livro bíblico de Eclesiastes. “Porque se um cair o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante”, afirmou. Em outra publicação, ele pediu que não seja cobrado de uma pessoa só a solução para algo que teria sido “destruído por décadas”. “O futuro do Brasil depende do esforço de cada um de nós. Não cobre, de uma única pessoa, a solução do que foi destruído, por décadas, pela ação dos maus e omissão dos bons”, escreveu.