domingo, 19 maio 2024

Cotado para Educação nega ter recebido convite

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, recebeu ontem à tarde o procurador Guilherme Schelb, cotado para assumir o Ministério da Educação. O encontro ocorreu na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência da República, e durou quase três horas.

Ele deixou o local próximo às 17h e negou que tenha sido convidado por Bolsonaro. De acordo com o procurador, a possibilidade de um segundo encontro ficou em aberto.

Schelb não quis dizer se aceitaria deixar a carreira no Ministério Público Federal para assumir o cargo no Executivo, caso o convite seja feito.

“Foi uma conversa de apresentação onde eu pude expor ao presidente Bolsonaro a minha análise sobre as questões centrais da educação brasileira que devem ser enfrentadas com a máxima urgência”, disse.

Após reação de evangélicos à indicação de Mozart Ramos para a pasta da Educação, na quarta-feira, o presidente eleito disse que o ministério não estava definido e anunciou que conversaria com Schelb nesta quinta. O gesto é um aceno à bancada evangélica, que apoia a indicação de Schelb para o cargo.

Ele disse ter defendido a Bolsonaro, no encontro, o cumprimento das leis para que o professor tenha segurança jurídica e para que haja segurança nas escolas.

O procurador criticou a educação sexual nas escolas, bandeira evangélica e defendida pelo eleito.

“Eu não posso dar tarefa de casa, como tem sido feito, para criança de 8, 9 anos aprender discussão de gênero, o que é sexo grupal, como dois homens transam? O que é boquete? Isso é uma discussão de gênero, é uma violação da dignidade da criança”, afirmou.

Defensor do projeto Escola Sem Partido, em discussão na Câmara, ele disse que a medida não seria necessária se houve cumprimento das leis.

“Sala de aula não é uma masmorra. Sala de aula tem que ser transparente. Nós queremos transparência e democracia”, afirmou.

O procurador é evangélico da Igreja Comunidade das Nações e próximo ao pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.

Malafaia é amigo de Bolsonaro e defendeu a indicação do procurador para o cargo.

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também