sábado, 27 abril 2024

Daniel Silveira ataca TSE e diz que esposa pode concorrer ao Senado em seu lugar

Silveira disse que deve recorrer da decisão, mas afirmou que não alimenta expectativas de obter uma vitória no TSE. 

(Foto: Gabriela Biló/Folhapress)

O deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) comparou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a uma “câmara de gás” ao criticar as decisões da corte eleitoral e disse que deve colocar sua mulher, a advogada Paola Silveira, para concorrer ao Senado Federal em seu lugar.

Na chegada ao desfile de 7 de Setembro em Brasília, o deputado comentou a decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio de Janeiro, contrária à sua candidatura ao Senado.

O tribunal do Rio de Janeiro suspendeu no final de agosto os repasses dos fundos partidário e de financiamento de sua campanha. Os desembargadores, porém, decidiram manter o acesso de Silveira ao horário eleitoral gratuito, enquanto aguardam manifestação dele sobre impugnações da candidatura.

Silveira disse que deve recorrer da decisão, mas afirmou que não alimenta expectativas de obter uma vitória no TSE. “Coloco minha mulher no meu lugar, e a cadeira vai ser do presidente [Jair Bolsonaro]”, disse.

Ex-policial militar, Silveira foi preso em 2021 após ameaçar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em vídeo. O caso era um desdobramento dos chamados atos antidemocráticos, inquérito que colocou sob a mira do tribunal alguns dos principais aliados de Bolsonaro. Em um vídeo publicado em 2021, Silveira atacou os ministros da corte com acusações e palavras de baixo calão.

Ao longo dos 19 minutos da gravação, Silveira chama Fachin de “menino mimado” e “militante da esquerda”.

“Por várias vezes já te imaginei levando uma surra. Você e os integrantes dessa corte aí. Quantas vezes eu imaginei você na rua levando uma surra?”, diz o deputado no vídeo.

Silveira foi condenado a 8 anos e 9meses pelos ataques a integrantes da corte. No dia seguinte ao da decisão, Bolsonaro concedeu indulto ao deputado. O perdão concedido pelo mandatário, neste formato individual, é considerado raro, o que deixa os efeitos jurídicos do decreto incertos e gera divergências nas análises de especialistas. 

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