quinta-feira, 16 maio 2024

‘Fome de dinheiro’, diz Haddad sobre alianças ligadas ao adversário

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, chamou o adversário, Jair Bolsonaro, de produto do “casamento do neoliberalismo desalmado representado pelo economista Paulo Guedes, com o fundamentalismo charlatão do Edir Macedo”.
“Sabe o que está atrás desta aliança? O que no latim de chama de Auri Sacra Fames. Fome de dinheiro”, disse.

Questionado sobre declarações de Bolsonaro, de que seria criador do Kit gay, Haddad chamou o capitão reformado de “grandíssimo mentiroso”.

“Por que ele não me pergunta no debate? Porque não tem projeto”, reagiu.

O petista relatou a perseguição que sofreu na véspera por bolsonaristas, que, segundo ele, atacaram a igreja católica.
O candidato disse ser “preocupante que depois de atacar mulheres, negros, LGBTS, eles passem a atacar católicos”. “Bolsonaro é isso. Bolsonaro é violência, Bolsonaro é bala. É desrespeito. Uma representação de tudo que há de pior em termos de violência no país”, afirmou.

Ele disse que muitos apoiadores de Bolsonaro exibem a suástica. E lembrou que o próprio adversário já declarou que se alistaria ao Exército alemão na década de 30.

“A cultura da violência, do estupro, da tortura, do nazismo quem abraça com as próprias palavras é ele [Bolsonaro]”.

MISSA
Haddad, participou ontem de manhã de missa na paróquia Santos Mártires, no Jardim Ângela, na periferia de São Paulo. Durante a homilia, o padre irlandês Jaime Crowe conclamou uma oração às vítimas da violência em campanhas políticas.

“Arma é instrumento de morte”, disse.

Na saudação, incentivados pelo padre, Haddad e fiéis repetiram três vezes: “senhor, que a paz reine neste pais”.
Haddad, sua mulher, Ana Estela, e a vice Manuela D’Ávila (PC do B), comungaram.

Haddad foi abordado ontem por uma eleitora que chamava de sacrilégio sua presença durante celebração de missa na Paróquia Santos Mártires, no Jardim Ângela, na periferia de São Paulo.

Ainda dentro da igreja, a eleitora, que não quis se identificar, chamava Haddad de abortista.

“Sou neto de um líder religioso e você deve ser ateia”, reagiu ele. Ao ser questionado sobre o entrevero, Haddad disse ter perguntado se ela era ateia. Durante entrevista, ocorrida após a missa, o candidato disse que tem sido acompanhado por provocadores.

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