quinta-feira, 2 maio 2024

Mourão diz que alta na rejeição de Bolsonaro pode ser revertida com vacina e auxílio

FOLHAPRESS

BRASÍLIA

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou nesta quinta-feira (18) que a a alta na rejeição do governo Jair Bolsonaro na gestão da pandemia medida pelo Datafolha é “normal” diante do quadro de crise e “pode ser revertida” com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e o novo auxílio emergencial.
“[É] normal, estamos vivendo um momento difícil. A população sem poder trabalhar, dificuldade para a pessoa viver especificamente, as questões psicológicas pelo abre e fecha das atividades.”
“Obvio que isso reflete na popularidade do governo, mas pode ser revertida na medida que a gente avançar na vacinação, na medida que tiver esse auxílio emergencial. Então pode ser revertida tudo isso aí”, disse Mourão, ao chegar no gabinete da Vice-Presidência, em Brasília.
Pesquisa Datafolha realizada nesta semana mostrou que a rejeição do trabalho de Bolsonaro na gestão da pandemia do coronavírus atingiu o maior nível desde o início da emergência sanitária, há um ano.
Segundo a pesquisa, 54% dos brasileiros veem a atuação de Bolsonaro como ruim ou péssima na semana em que foi apresentado o quarto ministro da Saúde do atual governo. No levantamento anterior, realizado em 20 e 21 de janeiro, 48% reprovavam o trabalho de Bolsonaro na pandemia.
Na rodada atual do Datafolha, o índice daqueles que acham sua gestão da crise ótima ou boa passou de 26% para 22%, enquanto quem a vê como regular foi de 25% para 24%. Não opinaram 1%.
O instituto ouviu por telefone 2.023 pessoas nos dias 15 e 16 de março. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.
O Datafolha também revelou que cresceu para 56% o número de brasileiros que consideram Bolsonaro incapaz de liderar o país.
O Brasil enfrenta o momento mais duro da pandemia, com média móvel dos mortos acima de 2.000.
O total de mortos pela Covid-19 no país já superou 280 mil. Além do mais, o ritmo da vacinação no país ainda engatinha, o que tem impacto da avaliação do governo.
Assessores diretos de Bolsonaro atribuem o pico de rejeição da gestão do presidente na pandemia, apontado em pesquisa Datafolha, aos recordes diários de mortes registrados nos últimos dias.
O governo decidiu pagar uma nova rodada do auxílio emergencial, que deve iniciar a partir de abril. Os valores devem ser menores do que os desembolsados no ano passado. O pagamento da nova rodada do auxílio depende do envio de uma MP (Medida Provisória) por Bolsonaro ao Congresso Nacional, algo previsto para os próximos dias.

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também