O Reino Unido se tornou o primeiro país do mundo a aprovar a vacina contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech, nesta quarta-feira (2), um passo “histórico” na luta contra a doença.
O governo britânico anunciou que a vacina, que atende a “padrões rígidos de segurança, qualidade e eficácia”, estará disponível a partir da próxima semana no país, o mais atingido da Europa, com 59.000 mortes confirmadas por Covid-19 até o momento.
A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos Sanitários do Reino Unido (MHRA) garantiu que, apesar da rapidez de sua aprovação, o processo se deu respeitando-se todos os protocolos e sem precipitação.
A autorização do regulador britânico é um “momento histórico”, segundo o presidente do laboratório americano Pfizer, Albert Bourla, que desenvolve o projeto com o alemão BioNTech.
“Esta é uma notícia fantástica”, tuitou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
Desta forma, o Reino Unido passa à frente de todos os outros países ocidentais e, especialmente, de seus vizinhos da União Europeia.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afirmou que dará seu parecer em 29 de dezembro, “no mais tardar”, sobre esta vacina e, em 12 de janeiro, sobre a da concorrente americana Moderna, ambas com eficácia perto de 95%.
EUA E JAPÃO
Do outro lado do Atlântico, a FDA (Food and Drug Administration), a agência que regula o setor de remédios e alimentos nos Estados Unidos, também recebeu o pedido da Pfizer/BioNTech.
Na segunda-feira (7), receberá o do laboratório Moderna.
Se der sua permissão, ambas as vacinas poderão estar disponíveis ainda este mês nos Estados Unidos, o país com o maior número de mortes pela pandemia: mais de 270 mil vítimas fatais até agora.
Também nesta quarta, o Japão aprovou um projeto de lei para fornecer vacinas gratuitas a seus 126 milhões de habitantes.
Já encomendou com antecedência vacinas para 60 milhões de pessoas da Pfizer e mais 25 milhões de doses da Moderna e confirmou que receberá 120 milhões de doses do laboratório britânico AstraZeneca, que desenvolve seu projeto com a Universidade de Oxford.
Em todo mundo, a pandemia já causou mais de 1,4 milhão de mortes e 63 milhões de infecções.