sexta-feira, 17 maio 2024

‘A direita perdeu a vergonha’, dispara Antonio Neto

Candidato ao senado por São Paulo, o presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) Antonio Neto (PDT) acredita que a desigualdade social do País e a “crescente onda” de xenofobia na Europa fez com a que direita brasileira “perdesse a vergonha”, retomando pautas de privatização e influenciando na perda dos direitos dos trabalhadores. Em visita ao TODODIA ontem, ele afirma que sua candidatura visa ajudar o candidato à presidência da república Ciro Gomes (PDT) a revogar medidas como o Teto dos Gatos e retomar o Pré-Sal.
Filho de sindicalista do setor ferroviário, Antonio Neto é profissional da Tecnologia da Informação e responsável pela criação do Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo).
A ligação com as causas sindicais fez com que deixasse o MDB no ano passado e se filiasse ao PDT. “Fui um dos que mais incentivou dentro do partido que o PMDB se coligasse com o PT ofertando o vice. Tivemos o primeiro mandato da Dilma, trabalhamos para que continuasse no segundo e aí as coisas azedaram. E ficou muito difícil a minha permanência no partido até por causa do meu compromisso como dirigente sindical”, afirmou.
O candidato aponta que o xenofobia na Europa e a ascensão da direita nos EUA tiveram reflexos no Brasil. “A direita perdeu a vergonha. Há quatro, cinco, oito anos atrás, você jamais discutiria privatização no Brasil. Pré-Sal era o passaporte para o futuro. A Embraer era símbolo de tecnologia, veja o que ela desenvolveu. (…) Estamos entregando isso a preço de banana e toda parte de tecnologia vai sair do Brasil. (…) No final do Governo Fernando Henrique a grande briga era que ele queria privatizar tudo. Perde a eleição, entra um governo voltado para a população mais carente e se esquece isso. Agora perderam a vergonha na cara. Não é só um, são vários”, disse.
Caso eleito, Antonio Neto afirma que defenderá a implantação do programa nacional de desenvolvimento proposto por Ciro Gomes, a alteração da carga tributária para que os mais ricos paguem impostos para manter, por exemplo, jet ski, helicóptero e outros itens, a revogação do Teto de Gastos e a reforma trabalhista.
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