O prefeito de Americana, Omar Najar (MDB), vai anunciar, na próxima semana, mudanças nas regras do estacionamento rotativo nas ruas da região central.
A cobrança começou em junho do ano passado, e provocou uma série de protestos na comunidade. As maiores queixas vieram exatamente dos comerciantes, que reclamam de queda brusca das vendas e da “fuga” dos consumidores para shopping centers e ruas comerciais dos bairros.
Também houve protestos de quem considerava as multas abusivas, e uma campanha teve início na cidade contra esta cobrança.
A comunidade se mobilizou para a regulamentação de períodos de parada livre, por exemplo, e protestou conta a cobrança no em torno de hospitais.
Em agosto, a Administração atendeu pela primeira vez parte das queixas, cancelando 4 mil multas por estacionamento irregular. Omar alegou que o decreto de regularização do sistema ainda não havia sido publicado, e a operação ainda não contava com segurança jurídica.
Quem pagou teve o direito de pegar o dinheiro de volta.
A prefeitura também cedeu a pedidos, eliminando a cobrança em algumas ruas do Centro expandido. E o próprio Omar admitiu, na época, que qualquer projeto público, em qualquer setor, podia ser mudado, caso fosse do interesse da coletividade.
Agora, o prefeito vai anunciar, segundo apurou a reportagem, mudanças reivindicadas pela própria direção da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana) e atendendo também a outros pedidos.
Não foram dados detalhes do acordo nem das mudanças. O anúncio vai ser feito quando todas estiverem definidas, certamente com a participação da Estapar, empresa que opera o sistema, e dos comerciantes.
Uma das vozes por mudanças é da vereadora Maria Giovana Fortunato (PCdoB), pré-candidata a prefeita, que começou uma campanha no Centro colhendo assinaturas por alterações em regras do sistema.
Ela sugere a adoção de uma política maleável de cobrança, com tolerância maior para quem for flagrado além do tempo permitido. A citada falta de tolerância, disse a vereadora, era uma das causas do Centro entregue às moscas nos últimos meses.
A própria Acia optou por adotar uma postura cautelosa no final da tarde de ontem, sem dar qualquer detalhe sobre as mudanças, que estão guardadas a sete chaves.