sexta-feira, 14 fevereiro 2025

Casos e mortes por Covid-19 sobem na RMC, aponta estudo

Os casos notificados e as mortes registradas por coronavírus na 28ª Semana Epidemiológica, de 5 a 11 de julho, voltaram a crescer em ritmo mais acelerado na RMC (Região Metropolitana de Campinas). As informações são de nota técnica do Observatório PUC-Campinas, que vem acompanhando o comportamento da pandemia na região. 

Segundo o estudo, houve aumento de 28,2% nos novos casos e de 23,8% nos novos óbitos em relação ao período de análise anterior. 

Para o infectologista André Giglio Bueno, professor da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica), o resultado confirma ainda não há uma tendência de estabilização no número de casos e mortes na RMC. 

O médico explica, ainda, que uma pequena parcela da população na região teve contato com o vírus. Por essa razão, as medidas de prevenção, sobretudo o distanciamento social, precisam permanecer com máximo rigor. 

“Estima-se que cerca de 60% da população deva estar imune ao vírus para que se possa desfrutar da imunidade de rebanho e caminhar para o fim da pandemia. Aparentemente, estamos bem distantes desse número na região”. 

Campinas, que exibiu 2.237 novos casos (20,5%) e 82 novas mortes (13,8%) na 28ª Semana Epidemiológica, continua sendo o epicentro da doença na região. 

As cidades de Paulínia, com mais de 960 casos por 100 mil habitantes, além de Indaiatuba e Nova Odessa, com altos coeficientes de mortalidade, também geram preocupação na RMC. 

Em relação aos Departamentos Regionais de Saúde do Estado, o DRS-Campinas, composto por 42 municípios, é o segundo em número de casos e óbitos, e também nas taxas de crescimento semanais da doença, ficando atrás apenas da Grande São Paulo. Até sábado (11), dia de encerramento da 28ª Semana Epidemiológica, foram notificados 30.127 casos e 1.154 óbitos no DRS-Campinas, com letalidade de 3,8%. 

O economista Paulo Oliveira, que coordenou a nota técnica do Observatório PUC-Campinas, uma interpretação realista dos indicadores aponta que a pandemia provocará efeitos mais duradouros sobre a atividade econômica. 

“Os dados da PNAD mostram que o nível de ocupação em maio esteve em aproximadamente 50% da população economicamente ativa. Além disso, já são quase 11 milhões de pessoas desocupadas no país. Assim, com uma possível lentidão na recuperação da renda e da confiança, deverá haver atraso na retomada econômica, impactando todos os setores de atividade”, diz. 

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