quinta-feira, 25 abril 2024

Especialista orienta sobre cuidados com escorpiões

A morte de uma criança de 10 anos esta semana em Santa Bárbara d’Oeste após ser picada por um escorpião reacendeu o temor em relação ao aracnídeo. O TODODIA buscou junto a especialistas medidas preventivas e orientações sobre como agir em casos de acidentes.

Na quarta-feira (7), Maria Eduarda Pigatto, moradora do Jardim Europa, faleceu após ser picada duas vezes por um escorpião. A menina chegou a ser levada ao Pronto-Socorro, mas depois de 1h15 após dar entrada na unidade hospitalar, morreu, antes de receber a aplicação do soro antiescorpiônico.

Segundo o manual de controle de escorpiões do Ministério da Saúde, o aparecimento dos animais é mais comum em período de chuvas. Entre os cuidados para evitar a picada estão examinar calçados, roupas e toalhas antes de usá-los e conservar camas e berços afastados da parede.

Os cuidados se estendem ao ambiente: rebocar paredes para que não tenham vãos e frestas; vedar soleiras de portas, manter limpos quintais e jardins; remover periodicamente materiais de construção e lenha, não jogar lixo em terrenos baldios, remover folhagens junto a muros, etc..

A diretora de Vigilância em Saúde de Monte Mor, Elaine Aparecida Panzzani Silva, afirma que geralmente os acidentes ocorrem quando as pessoas entram em contato com os locais em que os escorpiões estão escondidos, como frestas nas paredes, ralos, sapatos, roupas e toalhas.

“O controle mais eficaz é a adoção por parte da população de medidas que eliminem a possibilidade de alimento e abrigo. Importante cuidar da área externa e interna de cada imóvel”, destacou.  Em caso de irregularidades, denúncias podem ser encaminhadas ao Centro de Zoonoses de cada município.

PICADAS
A recomendação, em caso de picada, é procurar o serviço de saúde mais próximo. A enfermeira encarregada da Vigilância Epidemiológica de Nova Odessa, Paula Mestriner, diz que o paciente deve ser levado com urgência para o hospital para que sejam feitos os primeiros atendimentos, entre eles analgesia, para que a vítima se tranquilize.

“Este primeiro atendimento vai conter a dor e acalmar o paciente, deixando os sinais vitais, como pressão, por exemplo, estáveis”, explica. Ela ressaltou ainda que, com o socorro imediato, a equipe de atendimento monitora o paciente e solicita o soro ou outros medicamentos necessários para o tratamento.

Limpar o local da picada com água e sabão pode ser uma medida auxiliar antes do atendimento ambulatorial. A enfermeira Paula Mestriner ressalta que a aplicação de gelo ou até mesmo ingestão de leite não são eficazes no caso de picadas por escorpião.

Também não é recomendado fazer torniquete ou amarrar a região afetada. Isso pode causar infecções.

SORO
De acordo a Secretaria de Saúde do Estado, a região de Campinas está abastecida com o soro. São sete unidades estratégicas de distribuição em Americana, Atibaia, Bragança Paulista, Itatiba, Jundiaí, Campinas e Socorro.

O departamento esclarece, ainda, que os locais para disponibilização de soro são definidos pelo Ministério da Saúde e que o Estado apenas distribui para os municípios.

Saiba Mais

A gravidade do acidente e dos sintomas após uma picada de escorpião variam em função do tamanho do aracnídeo, da quantidade de veneno inoculada, da massa corpórea da vítima e de sua sensibilidade ao veneno. Em caso de acidentes:

– Capturar o animal, vivo ou morto, para posterior identificação da espécie, o que permitirá avaliar a gravidade do acidente;

– Manter a vítima calma, deitada e imóvel para que a circulação seja lentificada e dificulte a disseminação do veneno;

– Lavar bem o local da picada com água e sabão;

– Não fazer torniquetes, espremer, cortar ou perfurar o local, porque isso pode facilitar a disseminação do veneno;

– Não ingerir nenhum alimento nas primeiras oito a 12 horas após a picada.

Fonte: Prefeitura de Nova Odessa

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