quarta-feira, 1 maio 2024

Omar Najar vai à Justiça contra Giovana

O prefeito de Americana, Omar Najar (MDB), moveu ação de pedido de explicações contra a vereadora e candidata a prefeita Maria Giovana Fortunato (PDT) por conta de declarações feitas por ela durante a sessão da Câmara do dia 24 de setembro, quando a parlamentar afirmou que existe corrupção no governo municipal, sobretudo na área da saúde. 

Na ocasião, a Administração classificou as falas como “afirmações falsas” e “falta de respeito com o poder público em nome da disputa eleitoral”. 

A sessão do dia 24 de setembro foi marcada pelas acusações feitas pela vereadora e pelas defesas feitas pelos membros da base de Omar. Entre as falas da vereadora – destacada na ação judicial – está o seguinte trecho: “sou tolerância zero contra político corrupto, com governo corrupto. Governo esse que eu já provei aos senhores aqui na Câmara que teve corrupção na saúde”. 

Giovana criticou na sessão o fechamento de unidades de saúde e citou que Americana não teria investido todo o valor recebido para o combate à Covid-19. “O que eu vou justificar pro povo de Americana que talvez esse dinheiro esteja indo pro bolso de político corrupto, porque se não há explicação, pode tudo”, disse Giovana na sessão. 

Diante das afirmações, o prefeito Omar Najar, o secretário de Saúde Gleberson Miano e o superintendente da Fusame (Fundação de Saúde de Americana), José Carlos Marzochi, assinaram ação de “pedido de explicações” contra a parlamentar. 

Eles argumentam que foram alvos de “inaceitável ataque” e que Giovana, “de forma irresponsável, afirmou que parte do dinheiro recebido para o combate da pandemia da Covid-19 estaria indo para o bolso de políticos corruptos, sem especificá-los, enxovalhando a honra de todos políticos e pessoas que trabalham no setor da saúde de Americana”. 

O trio aponta ainda que, se a parlamentar apurou tais fatos concretos de corrupção, “tem o dever funcional de registrar os fatos, provas e pessoas envolvidas, bem como acionar o Ministério Público para devida apuração do crime”. 

O corpo jurídico contratado por Omar, Miano e Marzochi afirma também que, por ser candidata a prefeita, Giovana não poderia alegar “imunidade parlamentar” para as declarações. 

Na ação, o trio elenca seis perguntas relacionadas às afirmações de Giovana a fim de que ela esclareça por escrito, na Justiça, cada acusação feita durante a sessão. Eles perguntam, por exemplo, quais são as pessoas corruptas no governo e quais as provas e medidas adotadas por ela para apurar tais fatos. 

Omar, Miano e Marzochi pedem que os esclarecimentos sejam prestados pela vereadora por escrito e citam que, caso as explicações não sejam satisfatórias ou não sejam apresentadas, ela poderá ser alvo de ação penal para apuração e punição de crime contra a honra dos três. 

OUTRO LADO 

Em nota ao TODODIA, Maria Giovana afirmou que ainda não havia sido citada formalmente pela Justiça, mas defendeu seu trabalho na CEI (Comissão Especial de Inquérito) da Saúde. 

“A CEI da Saúde, presidida por mim, pode identificar uma série de irregularidades na saúde em Americana. Ao final, após um longo trabalho onde sofri muitas ameaças de pessoas poderosas, puderam ser constatadas uma série de irregularidades praticadas há tempos nesse setor tão importante”, disse a vereadora. 

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