O governo Donald Trump anunciou ontem (17) que está trabalhando para enviar dinheiro diretamente às famílias americanas como parte de um pacote de estímulo à economia que pode chegar a US$ 1 trilhão, em uma tentativa de conter o impacto da pandemia do coronavírus nos Estados Unidos.
A medida marca uma das maiores investidas fiscais de emergência da história americana, em um movimento agressivo da Casa Branca em conjunto com o Congresso para responder à crise que já fechou escolas, fábricas, bares e restaurantes e atingiu o comércio e os negócios do país.
“Vai ser grande e vai ser ousado”, afirmou Trump, referindo-se ao pacote que ainda está em negociação no Congresso. Segundo o presidente, há entusiasmo no Legislativo com as medidas.
As discussões ganharam caráter de urgência com a gravidade dada ao cenário econômico pelo próprio presidente.
No início da crise, Trump chegou a minimizar as consequências do coronavírus, mas na segunda-feira (16) fez um apelo para que americanos ficassem em casa e admitiu inclusive a possibilidade de os EUA entrarem em recessão.
Parlamentares, como o senador republicano Mitt Romney têm discutido o pagamento de US$ 1 mil. Há parlamentares democratas, como o senador Cory Booker, por sua vez, que pressionam por um valor maior, de US$ 2 mil, para famílias que atinjam até uma certa faixa salarial.
Além do envio de dinheiro diretamente aos americanos, a Casa Branca também pretende repassar cerca de US$ 50 bilhões para o setor de empresas aéreas, que vem sofrendo com as restrições de voos.
O pacote de US$ 1 trilhão será além dos US$ 100 bilhões aprovados pela Câmara semana passada – também na esteira da crise – que prevê licença médica paga, seguro-desemprego e outros benefícios a trabalhadores afetados pela pandemia.