Ministério da Saúde pede para que cidades parem a imunização de jovens de 12 a 17 anos
O Ministério da Saúde suspendeu a vacinação contra o coronavírus para adolescentes sem comorbidades. O comunicado veio da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à covid-19 na noite desta quarta-feira (15). Alguns estados já estavam aplicando o imunizante em jovens e outros previam começar nesta quinta-feira (16).
Com isso, a pasta orienta a vacinação contra o vírus apenas para pessoas entre 17 e 12 anos que tenham “deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade”. A decisão estaria embasada nas orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) de não recomendar a imunização de adolescentes, por essa faixa etária ter poucos casos graves e faltar estudos sobre a vacinação nesse grupo, portanto “os benefícios não estão claramente definidos”.
Além disso, a nota cita que houve redução na média móvel de casos e mortes por covid, o que torna o cenário epidemiológico menos perigoso para os adolescentes sem comorbidades. Porém, o anúncio da suspensão ocorre em meio à falta de estoque de AstraZeneca em alguns pontos do Brasil, como São Paulo, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, até então se mostrava favorável a cobertura vacinal dos adolescentes.
Em julho, o representante da pasta tinha previsto o início da imunização para esse grupo sem comorbidade assim que todos os adultos estivessem com a primeira dose. A decisão de vacinar as pessoas de 17 a 12 anos foi, inclusive, tomada em conjunto com os estados e municípios, desde que eles respeitassem o PNI (Plano Nacional de Imunização).
Com os adolescentes inclusos no plano de vacinação, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a aplicação da Pfizer para cidadãos com, pelo menos, 12 anos.