sábado, 18 maio 2024

Eleitorado discorda sobre armas e críticas LGBT

Horas após a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa presidencial, um de seus principais aliados, o senador Magno Malta (PR-ES), disse que o governo deverá começar ainda em janeiro a se articular para conseguir facilitar a posse de armas de fogo, uma das promessas de campanha do então candidato.

Levantamento do Datafolha realizado entre os dias 24 e 25 de outubro mostra, no entanto, que dessa forma o novo presidente poderá começar o mandato com uma medida potencialmente impopular.

Segundo a pesquisa, 55% das pessoas consultadas dizem acreditar que a posse de armas deve ser proibida, pois representa ameaça à vida de outras pessoas. Para 41%, a arma legalizada deveria ser um direito do cidadão para se defender. Outros 4% disseram não saber.

Em seu programa de governo, Bolsonaro defende que a possibilidade de se armar garante o direito do cidadão à legítima defesa “sua, de seus familiares, de sua propriedade e a de terceiros”.

O instituto de pesquisas também ouviu eleitores sobre a aceitação da homossexualidade.

Ao longo dos anos, Bolsonaro propagou discurso de ataques a minorias, e frequentemente com homossexuais como alvo. Mais recentemente, tem moderado o discurso e chegou a dizer que “os gays serão felizes” em seu governo.

Para 74% dos entrevistados na pesquisa do Datafolha, a homossexualidade deve ser aceita por toda a sociedade. Outros 18% pensam que a homossexualidade deve ser desencorajada por toda a sociedade. Há ainda 8% que não opinaram sobre o tema.

A maioria daqueles que à época da pesquisa se declaravam eleitores de Bolsonaro, segundo o instituto, pensa que a homossexualidade deve ser aceita: 67% deles defenderam essa ideia, e 25%, desencorajaram. Entre eleitores de Haddad, esses índices são, respectivamente, de 83% e 10%.

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