terça-feira, 26 novembro 2024

Pandemia: São Paulo volta a proibir agendamento de cirurgias eletivas

O secretário da Saúde de São Paulo, Jean Carlo Gorinchteyn, informou que o governo paulista publicará, ainda nesta quinta-feira (19), decreto proibindo o agendamento de novas cirurgias eletivas (não emergenciais) em todos os hospitais públicos, filantrópicos e particulares do estado. 

Pelo decreto, também será vedada a desmobilização de leitos para atendimento de pacientes com o novo coronavírus, seja de unidade de terapia intensiva ou de enfermaria. 

“O governo do estado de São Paulo, em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde e o Comitê de Contingência da Covid-19, sempre com o compromisso de garantir e preservar vidas, assina um decreto que determina a todos os hospitais públicos, filantrópicos, e privados a não desmobilização de qualquer leito, seja ele de unidade de terapia intensiva ou de enfermaria”, disse Gorinchteyn 

O secretário explicou que a marcação de novas cirurgias eletivas ficará suspensa para que se garantam leitos para todos os pacientes com Covid-19 que deles necessitem para sua assistência hospitalar. 

Segundo Gorinchteyn, as medidas são respostas à elevação da curva de contaminação de covid-19 no estado. “Essa elevação da curva promove a necessidade de medidas estratégicas e de forma cautelar”, disse o secretário, em entrevista coletiva.  

Ele voltou a pedir apoio da população para enfrentar a alta nos casos de Covid-19 registrada no estado.  “Entendemos que o cansaço das pessoas possa ter uma ação sobre suas atitudes que, eventualmente, sejam irresponsáveis. Mas esse cansaço não pode, de forma alguma, ser maior do que o medo e o respeito que tínhamos pela Covid”, afirmou. 

“São essas pessoas que saem e se aglomeram que disseminam o vírus na nossa população e retornam para suas casas, expondo aqueles que estão em quarentena, respeitando as regras e ritos, principalmente idosos e portadores de doenças crônicas”, destacou. 

Conforme dados do governo estadual, São Paulo está com 43,5% de taxa de ocupação nas unidades de terapia intensiva no estado, e de 49,7% na Grande São Paulo. 

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