O secretário da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), Luciano Timm, colocou seu cargo à disposição após o pedido de demissão do cargo de ministro da Justiça feito por Sergio Moro.
A Senacon é vinculada ao Ministério da Justiça e o convite para que Timm assumisse o cargo de secretário tinha partido do próprio Moro.
“Sou um técnico, um professor. Fui a convite dele e, agora, coloco meu cargo à disposição. Estou solidário ao ministro Moro”, disse ele à reportagem. A saída, no entanto, não será imediata.
“Tem a marcha dos acontecimentos, uma transição. Não vou sair correndo. Vou certamente querer conversar com o novo ministro.”
O secretário afirma que Moro seguia uma linha de atuação mais liberal na economia e que está debruçado em temas específicos da crise gerada pelo novo coronavírus.
Nesta semana, a Senacon enviou um pedido de esclarecimento para a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) em relação aos pacotes anunciados pela entidade com o objetivo de reduzir o impacto da pandemia do novo coronavírus na economia.
A Febraban anunciou, em 16 de março, que as cinco maiores instituições financeiras do país estavam abertas para discutir a prorrogação, por 60 dias, dos vencimentos de dívidas de empresas.
O secretário da Senacon, Luciano Timm, disse que o órgão resolveu ter uma atitude proativa antes de fazer uma denúncia formal, mas que ouviu relatos de consumidores que não estavam conseguindo obter os benefícios anunciados.