sábado, 18 maio 2024

‘Cinturões’ devem afastar aguapé

A Prefeitura de Americana e a CPFL Renováveis estudam a implantação de um cinturão na Represa do Salto Grande para afastar da orla as macrófitas, plantas aquáticas mais conhecidas como aguapés. A medida visa melhorar a captação da própria CPFL, facilitar a entrada de embarcações e aprimorar o ambiente para as atividades de lazer que serão desenvolvidas pela prefeitura na orla. No momento, o Executivo aguarda os orçamentos levantados pela CPFL, que devem ser encaminhados dentro de quatro meses.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente de Americana, Odair Dias, as conversas entre as partes começaram em janeiro deste ano. Na reunião de anteontem, membros da CPFL Renováveis se reuniram com representantes da prefeitura para definir prazos.
“Juntamente com a CPFL, foi levantada a possibilidade de criar um cinturão de aproximadamente 3 km, que vai da ponta da Praia dos Namorados até a ponta da Praia Azul. Seria um cinturão que afastasse principalmente as plantas flutuantes, para que houvesse uma facilidade para os usuários desenvolverem suas atividades, inclusive de lazer, além de facilitar as embarcações dentro da represa”, explicou Dias.
Ainda segundo o secretário, a CPFL se prontificou a encaminhar alguns orçamentos, que serão analisados pela administração pública, para que sejam estabelecidas as obrigações de cada uma das partes. Isso deve ocorrer em um prazo de até quatro meses.
Existem duas possibilidades para a construção do cinturão. “Uma delas é que ele seja feito com bambu. A outra que seria com fios de um material específico, mas isso ultrapassaria a casa de R$ 1 milhão. A outra é mais barata, mas não consigo passar números precisos porque tem os custos de operação. (…) A partir de agora estamos aguardando a documentação da CPFL com o detalhamento de equipamentos e custo para que seja criado esse cinturão, que vai facilitar também a revitalização da orla de ambas as praias”, explicou Dias.
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Paralelamente, a CPFL Renováveis realiza desde janeiro um estudo técnico para identificar a forma mais eficiente de retirar as plantas da represa. Antes de iniciar esse trabalho, a CPFL retirava uma média mensal de 20 caminhões de 14 m³, sendo que o crescimento das plantas era maior que isso, segundo o secretário de Meio Ambiente.
“Era como se estivessem enxugando gelo. Foi feita a pausa (das retiradas) e agora a análise técnica para poder fazer esses levantamento, saber em quais períodos cresce mais. (…) O estudo deve ser finalizado em janeiro de 2019. Ou seja, o cinturão independe disso, mas não adianta só fazer o cinturão para afastar. Precisamos tomar algumas outras medidas”, afirmou Dias.
Entretanto, a presença do aguapé também tem impacto positivo na região. “Se não tivéssemos essas plantas ali no momento, dada a quantidade poluentes existente na represa, teríamos outros problemas, como principalmente o odor. É por isso que cabe salientar que a CPFL contratou esse grupo de estudos para ver a melhor forma de retirada dessas plantas da represa”, explicou Dias.
A CPFL Renováveis confirmou a participação na reunião com o secretário e informou que tratativas sobre o assunto ainda estão em andamento.
“A Companhia comunica que seu entendimento é que o crescimento das plantas aquáticas no reservatório é um problema causado pela insuficiência de saneamento básico na região e que, portanto, trata-se de uma questão de gestão pública. A companhia informa ainda que para entender as formas para mitigar o impacto das plantas aquáticas no reservatório Salto Grande que está sendo realizado um estudo conduzido por um especialista cujo objetivo é avaliar e apresentar alternativas de manejo destas espécies”.
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