sábado, 18 maio 2024

Dois são presos por desvios na Saúde na região

Dois homens foram presos em Campinas e Paulínia durante a Operação Raio-X, que apura fraudes na saúde, inclusive durante o período da pandemia. A operação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (29). 

Promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público e a Polícia Civil cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão em cinco Estados. 

A intenção foi desmantelar um grupo criminoso que desviava recursos da saúde através de contratos de gestão em municípios por meio de organizações sociais. Os valores dos contratos movimentados pelo grupo passam de R$ 1 bilhão. 

Na região do Deinter 2 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior) em Campinas, eram nove os alvos. Em Campinas, um advogado foi preso, em cumprimento a mandado de prisão temporária, e conduzido até a sede da DIG (Delegacia de Investigações Gerais). Outros dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campinas. 

Em Paulínia, onde foi cumprido mandado de busca e apreensão, também foi preso em flagrante um homem porque portava carregadores de arma e munições sem autorização, mas foi liberado mediante pagamento de fiança. 

Foram apreendidos computadores, celulares, pen drive, moto e veículo.  Também foram cumpridos mais três mandados de busca em Jundiaí, Bragança Paulista e Atibaia. 

O MP e a Polícia não detalharam a participação dos dois detidos da região no esquema criminoso e nem as cidades onde atuaram para desviar recursos da saúde. 

INVESTIGAÇÃO 

Faz dois anos que os promotores e os policiais investigam a existência de um sofisticado esquema de corrupção envolvendo agentes públicos, empresários e profissionais liberais. Os promotores apuram o desvio de milhões de reais que deveriam ser aplicados na saúde. 

Foram expedidos e cumpridos 64 mandados de prisão temporária e 237 mandados de busca, dos quais 180 no Estado de São Paulo e 57 em outros Estados. Também foi feito o sequestro de bens e valores. 

O grupo cometeu os crimes de fraude em licitação, peculato, desvio de dinheiro público e crime organizado. 

Foram empregados 816 policiais civis, 204 viaturas e dois helicópteros, além de 30 promotores de Justiça e 10 agentes de Promotoria. 

Colaboraram com a operação policiais civis de outros Estados e a Polícia Federal do Pará, para cumprimento do maior número de prisões temporárias e mandados de busca e apreensão fora de São Paulo.  

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