segunda-feira, 20 maio 2024

Ministro da Saúde confirma general como secretário-executivo e fala em ‘plano de saída’ de isolamento

O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse nesta quarta-feira (22) que é impossível que o país sobreviva a mais de um ano parado e defendeu que haja um plano de saída do isolamento social. 

O ministro citou o conceito de que 70% da população precisa entrar em contato com o vírus para que a comunidade adquira imunidade, explicando que “talvez a gente nem chegue a esse número antes da vacina”, relatou. 

“Se você não tem um crescimento explosivo da doença, o que não está acontecendo no Brasil, a gente talvez nem chegue nesse número”, disse. 

“É impossível um país sobreviver um ano, um ano e meio parado. O afastamento não pode não estar acompanhado de um programa de saída”, completou. O ministro defendeu que o trabalho da pasta seja focado em três eixos: informação, infraestrutura e, em terceiro lugar, uma diretriz para que estados e municípios criem políticas em relação ao isolamento e distanciamento. 

Teich também confirmou que deve nomear o general Eduardo Pazuello ao cargo de secretário-executivo da pasta. Segundo ele, o general, que participou da Operação Acolhida, deve ajudar sobretudo na questão de infraestrutura na rede de saúde. 

“Por que estou fazendo isso? Nesses poucos dias que estou aqui, a impressão que eu tenho é que a gente precisa ser muito mais eficiente do que a gente é hoje. A gente está falando de logística, de compras, de distribuição, e ele é uma pessoa muito experiente nisso.” 

Ele demonstrou preocupação com impactos sobre outras doenças, como atendimentos de câncer e doenças cardiovasculares, cujos pacientes não estariam procurando hospitais em meio à crise, afirma. 

Também voltou a dizer que impactos na economia podem gerar reflexos na saúde. “Se tivermos desemprego e perda significativa na saúde suplementar, isso vai sobrecarregar mais o SUS”, disse. 

Outro problema é uma demanda reprimida nos hospitais, aponta. “Qual o problema prático disso: vai ter demanda reprimida. E vamos ter outra crise, que é a não capacidade de atender uma demanda reprimida que é o não-Covid.” 
Teich defendeu ainda a criação de um banco de dados com outros ministérios. 

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