domingo, 19 maio 2024

MPT notifica bancos e supermercados

Cento e doze supermercados e nove bancos da região de Campinas foram notificados pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) regional para debater os riscos de contágio da Covid-19 em ambientes fechados. O órgão diz apenas que os supermercados e bancos estão “em diversas cidades como Campinas, Bragança Paulista, Santa Bárbara d’Oeste, Americana, Casa Branca, São João da Boa Vista, entre outras”.

A reportagem questionou desde terça-feira (10) o MPT sobre quais e quantos supermercados e bancos dentre os notificados são da região de Americana, mas o órgão não respondeu. Na região, têm sido comum as filas em agências de banco desde o início da pandemia. Algumas agências chegaram a ficar fechadas, após casos de funcionários contaminados. Nas ocasiões, os bancos alegaram seguir todas as medidas sanitárias.

AUDIÊNCIA

Na quinta-feira (12), o MPT regional de Campinas e o Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) de Piracicaba realizaram, em ambiente virtual, uma audiência pública com representantes de bancos e supermercados para debater os riscos de contágio da Covid-19.

O encontro, que contou com a participação de cerca de 170 pessoas, foi “uma oportunidade de capacitar os gestores sobre boas práticas no uso de equipamentos de climatização, a fim de evitar a presença do coronavírus no ar, protegendo trabalhadores e consumidores de possível contaminação”, destaca o MPT.

“Ar-condicionados podem ser potenciais propagadores de doenças caso não passem por um processo adequado de instalação e manutenção. A partir de informações passadas por bancos e supermercados, resolvemos realizar um encontro com especialistas, para ouvir recomendações de como lidar melhor com essa questão”, afirmou o procurador Silvio Beltramelli Neto.

O médico pneumologista Ubiratan de Paula Santos, da Divisão de Pneumologia do InCor (Instituto do Coração) – HCFMUSP, chamou atenção para a importância de se manter a umidade relativa do ar em ambientes fechados e climatizados.

BOAS PRÁTICAS

O engenheiro mecânico Edemilson Carlos Trevisan, especialista em microbiologia, conforto térmico e qualidade do ar interior, indicou boas práticas. “Umidificar o sistema em caso de baixa umidade, tirar o excesso de umidade quando necessário e mudar a temperatura do ar e distribui-lo de forma adequada.”

“Esperamos aprimorar o conhecimento. Já temos iniciativas para replicar o modelo junto aos setores hospitalares e de inovações tecnológicas”, adiantou Alessandro José Nunes, do Cerest de Piracicaba e região, no encerramento da audiência.

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