Atleta paraolímpico atingiu a marca de 12.63 metros; o brasileiro João Victor levou bronze em outra categoria da mesma modalidade
Wallace Santos conquistou nesta sexta-feira (27) a medalha de ouro no arremesso de peso nas Paralimpíadas de Tóquio ao bater o recorde paralímpico e mundial. O atleta se superou e arremessou 12.63m batendo todos seus adversários. O Brasil também conquistou medalhas na natação e provas de atletismo, além de conquistar o ouro e quebrar recorde também na corrida de 100m rasos.
Wallace Santos disputou pela classe F54 e F55 (para atletas que competem em cadeiras de rodas com sequelas de poliomielite, lesões medulares ou amputações) e cravou uma medalha inédita na carreira, batendo o recorde da classe F55.
Sua melhor marca era de 11.98 metros, e nessa temporada, ele havia feito 11.69 metros. Na prova, ele falhou na segunda tentativa, mas nos outros arremessos fez 12.15m, 11.96m,12.46m,12.45m e 12.63m. A medalha de prata ficou com o búlgaro Ruzhdi Ruzhdi que fez 12.23 metros, e o bronze ficou com o polonês Lech Stoltman que fez 12.15m.
Se não bastasse um ?, tivemos ainda um recorde mundial! Estamos sem palavras para você, Wallace! ? PARABÉNS! #ParalimpicoEmToquio pic.twitter.com/IWab1u9egX
— Comitê Paralímpico Brasileiro -ブラジルパラリンピック委員会 (@cpboficial) August 27, 2021
Após a vitória, o brasileiro dedicou a conquista a sua falecida treinadora em entrevista ao SporTV. “Essa vitória dedico a Deus, porque ontem eu tava chorando pedindo para ele e hoje ele me deu a música o ‘choro dura uma noite, mas a alegria vem pela manhã’ e cara, quero dedicar a uma pessoa que antes de falecer me colocou em Tóquio, minha treinadora Jurema Henrique, que veio a falecer agora na preparação, no início da pandemia, e graças a Deus ela conseguiu me deixar classificado e só tenho agradecer a ela”, afirmou.
“E outra pessoa que veio a falecer e eu pensei em parar, meu tio Jorge, que me criou e fez papel de pai quando sempre precisei de um pai, essa vitória desejo a ele e toda minha família”, acrescentou Wallace.
Também no arremesso de peso, o brasileiro João Victor faturou o bronze na classe F37 (para atletas andantes com paralisia cerebral) após arremessar 14.45 metros. O ouro ficou com russo Albert Khinchagov que fez 15.78m e a prata ficou com Ahmed Ben Moslah, da Tunísia, que arremessou 14.50m.
João começou no atletismo paralímpico aos 16 anos, depois de fazer uma cirurgia para retirar um coágulo, que gerou convulsões que resultaram na paralisia cerebral. Antes disso, ele tinha iniciado no atletismo aos 15 anos, e continuou sua carreira como atleta paralímpico. Hoje, João Victor entra na história ao conquistar a medalha de bronze no Japão.